terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Solidariedade - "Uma mão para o Rodrigo"

Estava a elaborar um texto para divulgar esta campanha, quando me surgiu a ideia de colocar a notícia que saiu no “Correio da Manhã”, pois é feita na “primeira pessoa”.
Quem quiser colaborar, poderá efectuar a entrega das tampas no jardim de infância “O Malmequer” do Centro Paroquial de Nelas ou no Intermarché.
Se em Santar houver interessados em aceitar as tampas, comuniquem para se fazer a divulgação, a campanha prolonga-se até ao final de Fevereiro.
“Sonho é dar uma mão ao Rodrigo”

Rodrigo, de dois anos, nasceu sem a mão direita, mas já não vive sem a sua prótese. O menino de Fão, Esposende, precisa agora de uma mão biónica para poder ter uma vida normal, mas os oito mil euros que custa é um preço que os pais não podem pagar.
Uma empresa de reciclagem da Póvoa de Varzim comprometeu-se a ajudar a criança, mas, em troca, quer 18 toneladas de tampas de plástico. A recolha já começou, mas, como diz Sandra Hipólito, de 29 anos, mãe do Rodrigo, "toda a ajuda nunca é demais".
"Só peço que juntem o máximo de tampinhas possível, que eu vou onde for preciso para as buscar, porque o meu maior sonho é dar uma mão ao Rodrigo", apelou, emocionada, a mãe do menino.
A campanha de recolha de tampinhas de plástico começou há menos de um mês e Sandra já tem em casa quase duas toneladas, mas há muitas mais para recolher. "A ajuda está a chegar de muito longe, do Minho até ao Algarve, mas, para juntar a quantidade de que precisamos, ainda é preciso mais", reforçou Sandra Hipólito.
Rodrigo, o mais novo de três irmãos, nasceu sem a mão direita devido a um acidente que a mãe sofreu às quatro semanas de gravidez. Mas desde os seis meses que o menino usa uma prótese de plástico e, de acordo com a mãe, já não vive sem ela. "A primeira coisa que faz quando acorda é pegar na mão para eu lha colocar. Já não se sente bem sem ela", refere. Devido a esta "total adaptação", Sandra está confiante de que o filho vai "reagir bem" à mão biónica. "Tanto eu como a médica do Rodrigo achamos que ele tem tudo para se adaptar à nova mão, porque não perdeu a sensibilidade nos músculos do braço, o que é fundamental para o sucesso nestes casos", disse a mãe, esperançada. A nova mão de Rodrigo está agora dependente da solidariedade de todos. As tampinhas podem ser entregues na Misericórdia de Fão ou num dos muitos pontos de recolha existentes no País. “

(in Correio da Manhã - http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/sonho-e-dar-uma-mao-ao-rodrigo)

8 comentários:

Isabel Tavares,  16 de dezembro de 2010 às 17:15  

As Suas Condições


As palavras do Anjo são a promulgação da paz, mas comportam uma condição necessária! Graças às almas de boa vontade. É natural? e será uma coisa difícil? Boa vontade não quer dizer boas acções, cruéis penitências ou sublimes sentimentos.

Este Post, não necessita de comentário mas de acção, que se sente de grande envergadura e, para um povo sempre pronto a dar a sua ajuda de solidariedade, este apelo toca-nos o mais íntimo do nosso ser.
O Tó Neves conhece o meu drama, mas eu sou pessoa cheia de Fé, uma Fé tão grande que não lhe encontro o fim.

Louvo esta Mãe, que tendo sido posta perante uma ajuda que pede uma troca, não hesitou. Se o assunto não me merecesse tão grande respeito diria: troca por troca.
É isso que me choca e por isso o título que dou a este comentário. Acho de uma grande falta de respeito e humanidade o que a empresa em questão pede a uma Mãe em desepero e por outro lado acho de uma grande e única coragem a atitude desta Grande Mulher que, para dar ao seu Filho aquilo a que ele tem pleno direito aceitou o desafio que julgo gigantesco. Que Deus a ajude a conseguir as 18 toneladas de tampinhas até ao próximo mês de Fevereiro.

Eu, como não consumo produtos que me ajudem a ajudar pelo menos com tampinhas, sei que há mais formas de dar a minha ajuda, e irei pensar na forma de dar o meu contributo que farei chegar à Misericordia de Fão.

lapis de pedra 16 de dezembro de 2010 às 23:54  

Falta sensibilidade a quem por obrigação tem o dever de pagar a conta do INVESTIMENTO no Social.
O sorridente Rodrigo, graças à mãe Sandra, vai ser um adulto feliz, produtivo e independente. É de corar de vergonha, o Estado, dito Social, não resolver o problema. Investimento no ser humano não é despesa.
Os nossos Autarcas, se interessados estivessem, resolveriam o caso rapidamente, bastava pouparem num almoço partidário e ainda sobrava muito dinheiro, ou então..., convidarem os colegas empreiteiros para doarem umas migalhas da doação da próxima campanha eleitoral. No superfaturamento das obras públicas, milhares de euros são doados aos partidos e candidatos, tudo legalmente..., nos subtraído. Não bastasse, ainda querem dinheiro público para campanha!
Feliz Natal para todos
Que 2011 nos seja leve.
Apesar de tudo eu te amo meu Portugal.
Lembrando o meu xará Charles Chaplin:
“Mais do que tecnologia e velocidade, precisamos de Afeição e Ternura,
porque sem isto o Mundo está perdido...”
Att
CL

Isabel Tavares,  18 de dezembro de 2010 às 16:01  

Ao Amigo Carlos agradeço o seu pensamnto e muito além do seu pensamento o seu grito de revolta contra o nosso estado social.
Infelizmente já nem no estado social pudemos acreditar, ele não existe, existiu algures num tempo que a mim se me afigura longínquo, mas que por ironia do destino, está cada vez mais esbatido nas brumas do tempo.
O estado a que chegou este pobre país é bem amargo para aqueles que têm a noçao do manipulamento a que os portugueses têm estado sujeitos nestes últimos dez anos (pelo menos). E sabe o Meu Amigo Carlos, eu há anos que venho clamando que isto ía acabar mal, os povos irão virar-se contra os seus governantes. Riam-se das minhas "premonições", e triste pela inconsciência dos meus Irmãos Portugueses, habituados a conseguir tudo sem o mínimo esforço eu augurei sempre que chegaríamos a esta triste situação.

Rezo ao Senhor que se compadeça deste pobre Portugal, país escolhido pela Nossa Senhora de Fátima para pedir que rezássemos o terço.
Continuo a olhar para o futuro dos nossos filhos e netos com muita dor, dor porque eles irão sofrer na carne a pobre herança que lhes iremos legar. Considero um grande pecado por lhes legar-mos não o paraíso que poderia ser Portugal, mas o inferno de um país sem rei nem roque e sem qualquer perspectiva de futuro.

Que Deus perdoe aos responsáveis e a nós próprios a cujas responsabilidades não puderemos furtar-nos.
Parafraseando o Amigo Carlos "O mundo está perdido",no entanto eu, pobre ser humano, desejo aos meus semelhantes de todo o Mundo o Natal que for possível viver em paz e comunhão de partilha de pão e de AMOR

Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade, a si Carlinhos, especialmente pelo interesse que tem demonstrado pelos seus conterrâneos
Um Abraço com emoção
Isabel

Regina Santiago,  19 de dezembro de 2010 às 23:01  

Há muito deliberei não deixar o registo da minha passagem por este blog! Razões demasiado óbvias, acredito, que não necessitam de justificações!
No entanto, considerando o post e as palavras sempre oportunas da D. Isabel e, mais assiduamente, do Sr. Carlos Liberto (que eu desconheço, mas admiro e respeito), não me permitiram quedar na indiferença!
Relativamente ao último comentário da D. Isabel, considerando a sua experiência de vida, cultura e atenção face ao que a rodeia, devemos levar a sério as suas "premonições"...Pessoalmente, temo o ano que se aproxima! Não sei o que nos espera, mas o meu receio maior vai para o futuro dos meus descendentes e, curiosamente, do meu próprio futuro (quem diria depois de 24 de trabalho cumpridos!!!)Acredito que me encontro de tal modo sufocada com as incertezas que nos esperam, que me sinto desprovida do espírito natalício! Apenas uma revolta gritante por ter que pagar uma factura de um bem que não usufruí!
Sei que esta revolta não se restringe à minha pessoa. Milhares de portugueses partilham da mesma angústia. Neste sentido, impõe-se a dúvida: quais as reacções quando começarmos a sentir, verdadeiramente, as penalizações em nome do déficit? Os conflitos sociais espreitam, a violência intensifica-se, vamos ficar a saque! Pessimismo? Gostaria que fosse!
Quanto à ajuda destinada ao Rodrigo, gostaria de informar que é um iniciativa que vem sendo cumprida, há já algum tempo, no meu local de trabalho. Actualmente, a recolha destina-se à aquisição de um cadeira de rodas para uma criança de Mangualde. Ainda questionei da possibilidade de recolher algumas tampinhas, mas o tempo urge e agora com a interrupção natalícia, menos tempo podemos dispor. No entanto, aquando do meu regresso ao cumprimento normal do horário, voltarei a averiguar. Afinal, nada custa e levamos esta dádiva a preceito; daí o sucesso da mesma!
Nada mais havendo a dizer, deixo os meus Votos de Santas Festas, que, por momentos, possamos olvidar as preocupações que nos assolam e desfrutar do que estiver ao nosso alcance e partilhar a lembrança com aqueles que estarão pior do que nós!
Os meus votos sinceros.

Isabel Tavares,  20 de dezembro de 2010 às 20:15  

Caríssima Prof.Regina, as suas palavras aqui patentes, as suas preocupações em relação ao amanhã, o pavor de pensar que os seus queridos filhos irão ter que se confrontar com situações inimagináveis, se tivermos em consideração a forma como têm sido criados, o pensar em que esta situação em que vivemos poderia ter sido evitada se a sensatez dos sucessivos governos de Portugal tivesse imperado ao invés de haverem, todos aqueles que, apoiando-se no voto do povo, se serviram dele em vez de o servirem como juraram ao assinarem o termo de posse "(..)juro cumprir com lealdade as funções que me são confiadas"!

Agora, imaginemos o rio Jordão atravessando lugares áridos, antes de se lançar no mar morto, nas suas margens contemplaremos as multidões e eis que Jesus nos Comtempla do alto da montanha com os olhos perdidos no horizonte.
Nesses instantes, Ele deverá fazer-nos a pergunta:
- porquê? porque não seguisteis os ensinamentos da Minha Doutrina?

- Mas Jesus, para quê? Vós sabeis que muitos a negavam, e nós pobres ignorantes, pensávamos que eles estavam certos e Tu errado. Oh Jesus, desde aquele momento Vós sabieis tudo, o futuro para Ti era claro qual água cristalina, agora procurarei desprender-me do que pode manietar o meu coração, porque quero seguir-Vos e amar-Vos.


Perdoe-me, minha querida amiga Regina esta dissertação sobre a Doutrina de Cristo, mas às vezes não posso alhear-me e fingir que tudo é culpa dos outros, quando afinal, todos somos culpados, porque nos temos deixado manipular, porque não reagimos quando deviamos reagir, porque as nossas ideologias nos calam a alma amordaçando-a e deixamos de ser racionais, esquecemos os nossos deveres mais elementares que são a nossa Família.
Não nos pudemos perdoar destes esquecimentos e omissões, os nossos filhos irão pedir-nos contas pelo facto de lhes deixar-mos esta herança. Nunca lutámos para que fosse diferente, mas se o amor que nos prende ao sangue do nosso sangue, estaremos sempre a tempo de dizer NÃO.

Se for possível e oxalá que seja, desejo-lhe Paz e saúde bem como para toda a sua Família. Não devemos perder a Fé nem o sentido de responsabilidade, aprendamos a dizer BASTA.

Um abraço, e gostei do seu testemunho, não deve fazer estas ausências,isso é voltar as costas à luta, aquela luta da qual desistimos num passado recente, espero lembrarmo-nos dela num próximo futuro

Isabel

lapis de pedra 21 de dezembro de 2010 às 23:42  

Falta-me tempo. Estamos a quatro dias do Natal, começa hoje o verão oficialmente, mas já há alguns dias que o calor se faz sentir. Por aqui a época é de praia com muita água de coco para refrescar e hidratar. Como a economia vai bem, é uma correria, as lojas vivem cheias de clientes. Este ano as vendas devem superar as dos anos anteriores. Como vêem o clima por aqui é o oposto daí. Torço para que o espírito Natalino seja mais humano e menos materialista.
Mudando de assunto, o motivo principal que me leva hoje a escrever é agradecer à Senhora Isabel Tavares o carinho como se refere a todos nós santarenses, está aí o exemplo a seguir por todos. Um mundo melhor começa assim, gostamos de você Senhora Isabel Tavares. Quem não gosta de um convívio amigável, fraterno e amoroso? Ninguém é mais que ninguém! Todos têm potenciais diferentes e por isso a necessidade de dependência entre nós, sem ela (a dependência) ficamos limitados, sem capacidade de mudar as coisas que nos condicionam e limitam politicamente e, não só.
Nesta situação de caos político, em que “todos somos culpados” tão bem descrita pela Senhora Isabel Tavares, é importantíssimo não desanimar para que nas próximas eleições unidos haja possibilidade de “reagir”e mostrar a força do voto útil voltado para o interesse social.
Aproveito para retribuir o conceito que faz de mim a Profa. Regina Santiago, gosto da sua escrita, tenho-a em muita consideração. Também sou de opinião que é muito importante a sua participação neste espaço, e também tem muito a nos ensinar.
Cumprimentos do amigo
CL

Anónimo,  11 de janeiro de 2011 às 15:00  

obrigado por termos alguem que ponha e se interesse por estas coisas nos que nos encontramos no estrangeiro tambem gostariamos de ajudar de alguma forma muito obrigado

Anónimo,  3 de setembro de 2011 às 01:55  

Olá Sra/Srta Sandra Hipólito:

Me chamo Rodrigo (embora seja outro!), e escrevo do Brasil...
Primeiramente: achei esta história até emocionante! E espero que seu filho esteja bem (ou MELHOR!)...
Conheci-a por uma bela imagem sobre SÃO TOMÉ E PRINCIPE; mostra ser um belo lugar!
E como faço alguns trabalhos artesanais com imagens - me autorizas a usar SÓ UMA DESTAS? Prometo que quando tiver algum trabalho pronto, lhe envio uma foto: ou poderás acessar um site que estou a criar e que estará pronto em pouco tempo...
É isso. E boa sorte a todos aí!

Saudações BRASILEIRAS,
Rodrigo O Rosa (Porto Alegre)

rodrigo_arte@hotmail.com.br
http://rodrigo-arte.blogspot.com/

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