A Fontinha dos Amores
Hoje, é o dia de São Valentim, popularmente conhecido como o dia dos namorados e falar em namorados num espaço como este, dedicado à Vila de Santar, leva-nos obrigatoriamente a falar na desaparecida e saudosa “Fontinha dos Amores”.
Em Santar ainda há gerações privilegiadas que conseguiram viver intensamente o que de mais mágico existia nesta Vila. Outros há, no entanto, que denegriram esse nome, entendendo na raiz da sua mesquinhez, encarar a Fontinha como um “antro” para a “perdição”. As más-línguas diziam que era na Fontinha dos Amores que os jovens faziam o pior, o proibido, o incorrecto. Com certeza que também se fez, mas a grande maioria das pessoas usufruiu deste espaço, pela beleza e tranquilidade, sossego e discrição que nos transmitia.
A Fontinha dos Amores nada mais era do que o “Éden” Santarense, uma floresta imponente, luxuriante, magnifica, linda, tranquila. Com traços solitários e eremitas, de um verde intenso, situada à entrada de Santar, era como um postal de boas vindas à Vila. Tinha ainda, como particularidade mística, um acesso pelo interior da Vila que se fazia por um caminho e por uma velha ponte Romanos.
Aqui, reinava essencialmente o contacto e a comunhão com a natureza. Centenas de árvores plantadas, onde nem os raios de sol conseguiam penetrar: carvalhos, pinheiros mansos e indígenas, ciprestes, acácias e tantas outras espécies que contribuíram perfeitamente para o carácter romântico atribuído a esta mata. A tranquilidade e o silêncio eram incisivos, só interrompidos pelo chilrear de inúmeras aves que faziam da Fontinha o seu habitat natural e até, o seu ponto de regresso de correntes migratórias. Havia ainda o cheiro, que a memória nos traz. O cheiro a resina, a pinheiros, a ar puro.
Segundo contam os mais antigos, esta mata já era conhecida como Fontinha pela existência de uma nascente e de uma pequena fonte, que ainda sobrevivem até aos dias de hoje. A história de boca em boca ainda nos diz que, foi nesta floresta mágica que aconteceu o namoro entre a Sra. Condessa e o falecido Sr. Conde. Ainda jovens, dirigiam-se à Fontinha, para longos passeios numa charrete, acompanhados de uma criada. Rapidamente o povo passou a chamar-lhe de a Fontinha dos Amores.
Não sei se a história será real, mas é romântica e todo o povo tem direito a uma lenda romântica, que se transmite de boca em boca, de geração em geração e Santar não é excepção, e teve por isso, o seu jardim da Sereia, o seu D. Pedro e D. Inês.
Para revolta e indignação de muitos, a Fontinha dos Amores já desapareceu. Haverá pessoas mais indicadas do que eu para falar nesse momento negro da história de Santar. Muitas foram as vozes que se fizeram ouvir nesse ano fatídico, mas concerteza os proprietários tinhas as suas razões e a sua vontade foi realizada. Hoje, resta-nos recordar, procurar na memória, sons, imagens, cheiros. Evocar momentos vividos aí e sorrir, sorrir com a saudade típica do Santarense que respeitou um espaço e que o viveu intensamente.
Lamento profundamente que as gerações mais jovens não possam agora usufruir desse espaço único, no entanto, ofereço algumas reproduções, que nunca farão jus à verdadeira beleza desse espaço, mas que já atribuem uma leve imagem e faço um convite a todos os que nos visitam e ainda recordam esta encantada mata, que deixem aqui, os seus testemunhos de momentos vividos na Fontinha dos Amores.
Em Santar ainda há gerações privilegiadas que conseguiram viver intensamente o que de mais mágico existia nesta Vila. Outros há, no entanto, que denegriram esse nome, entendendo na raiz da sua mesquinhez, encarar a Fontinha como um “antro” para a “perdição”. As más-línguas diziam que era na Fontinha dos Amores que os jovens faziam o pior, o proibido, o incorrecto. Com certeza que também se fez, mas a grande maioria das pessoas usufruiu deste espaço, pela beleza e tranquilidade, sossego e discrição que nos transmitia.
A Fontinha dos Amores nada mais era do que o “Éden” Santarense, uma floresta imponente, luxuriante, magnifica, linda, tranquila. Com traços solitários e eremitas, de um verde intenso, situada à entrada de Santar, era como um postal de boas vindas à Vila. Tinha ainda, como particularidade mística, um acesso pelo interior da Vila que se fazia por um caminho e por uma velha ponte Romanos.
Aqui, reinava essencialmente o contacto e a comunhão com a natureza. Centenas de árvores plantadas, onde nem os raios de sol conseguiam penetrar: carvalhos, pinheiros mansos e indígenas, ciprestes, acácias e tantas outras espécies que contribuíram perfeitamente para o carácter romântico atribuído a esta mata. A tranquilidade e o silêncio eram incisivos, só interrompidos pelo chilrear de inúmeras aves que faziam da Fontinha o seu habitat natural e até, o seu ponto de regresso de correntes migratórias. Havia ainda o cheiro, que a memória nos traz. O cheiro a resina, a pinheiros, a ar puro.
Segundo contam os mais antigos, esta mata já era conhecida como Fontinha pela existência de uma nascente e de uma pequena fonte, que ainda sobrevivem até aos dias de hoje. A história de boca em boca ainda nos diz que, foi nesta floresta mágica que aconteceu o namoro entre a Sra. Condessa e o falecido Sr. Conde. Ainda jovens, dirigiam-se à Fontinha, para longos passeios numa charrete, acompanhados de uma criada. Rapidamente o povo passou a chamar-lhe de a Fontinha dos Amores.
Não sei se a história será real, mas é romântica e todo o povo tem direito a uma lenda romântica, que se transmite de boca em boca, de geração em geração e Santar não é excepção, e teve por isso, o seu jardim da Sereia, o seu D. Pedro e D. Inês.
Para revolta e indignação de muitos, a Fontinha dos Amores já desapareceu. Haverá pessoas mais indicadas do que eu para falar nesse momento negro da história de Santar. Muitas foram as vozes que se fizeram ouvir nesse ano fatídico, mas concerteza os proprietários tinhas as suas razões e a sua vontade foi realizada. Hoje, resta-nos recordar, procurar na memória, sons, imagens, cheiros. Evocar momentos vividos aí e sorrir, sorrir com a saudade típica do Santarense que respeitou um espaço e que o viveu intensamente.
Lamento profundamente que as gerações mais jovens não possam agora usufruir desse espaço único, no entanto, ofereço algumas reproduções, que nunca farão jus à verdadeira beleza desse espaço, mas que já atribuem uma leve imagem e faço um convite a todos os que nos visitam e ainda recordam esta encantada mata, que deixem aqui, os seus testemunhos de momentos vividos na Fontinha dos Amores.
2 comentários:
Era linda...
pois era.
O Reverendíssimo Padre Fernande organizava missas campais e grandes festas da Catequese nesse espaço.
Ele tem histórias fantásticas. Vai visitá-lo que, acredito, adoraria contar-te.
Beijo
Paulinha
A minha grande paixao foi de Santar..Ou melhor era.. love muito muito love---
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