quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Associativismo

O associativismo sobrevive de uma dinâmica sustentada na participação activa e voluntária dos cidadãos. Contudo, essa atitude voluntariosa e gratuita não é fácil de encontrar e, por vezes, a participação associativa está condenada à ingratidão e à crítica fácil. Urge mudar mentalidades e predispor a cidadania para uma participação mais activa e comunitária.

Segundo o “Guia Para o Associativismo” (2001:5), “O Associativismo é a expressão organizada da sociedade, apelando à responsabilização e intervenção dos cidadãos em várias esferas da vida social e constituiu um importante meio de exercer a cidadania”.
A importância e o valor do associativismo decorre do facto de constituir uma criação e realização viva e independente; uma expressão da acção social das populações nas mais variadas áreas.

Para José de Almeida Cesário, o associativismo é expressão e exercício de liberdade e exemplo de vida democrática. É uma escola de vida colectiva, de cooperação, de solidariedade, de generosidade, de independência de humanismo e cidadania. Concilia valor colectivo e individual. Pelo que, defender, reforçar, apoiar e promover o desenvolvimento do movimento associativo é defender e reforçar a democracia e a participação dos cidadãos na vida social.

NB: Citei a opinião do deputado José Cesário, porque a meu ver define muito bem o que deveria ser o movimento associativo, não o citando por qualquer conotação política.

4 comentários:

Contestatária,  26 de agosto de 2009 às 20:19  

Associativismo: uma palavra qque me é muito cara e simultaneamente um manancial de coisas positivas, isto é, positivas para quem, como eu, viveu a grande maior parte da sua vida, lidando com o associativismo e em grande parte também aliada ao corporativismo, mas!...

As Associações, tiveram o seu auge na década de sessenta/setenta. Para tudo se criava uma associção. Eu própria e mais três familiares meus criámos uma Associação com sede em Santar, nunca ninguém ouviu falar dela, mas eu sei porquê e se um dia houver oportunidade disso falarei.
Elas eram criadas, normalmente, sem fins lucrativos. Eu que vivi e convivi com variedíssimas associações, sei, por experiência própria,que a grande maioria das vezes, os fins não justificam os meios.

Poderia, se não se tornasse fastidioso, enumerar as muitas associações com quem tive que trabalhar. Todas tinham a mesma doutrina. Juntar, para mais fácil e com os menores custos,e até subsídios estatais, poder vencer as próprias leis que as alimentavam.

Peço que ninguém ou alguém fique escandalizado perante o aque ora se me é dado explanar.
Foram muitas as Associaões criadas, como já disse nestas últimas décadas. Todas elas, se diziam "sem fins lucrativos". No entanto, eu vivi quarenta anos a vê-las crescer à sombra do Estado, o mesmo será dizer à nossa sombra. Vi-as acumular verdadeiros patrimóminos cada qual o mais luxuoso, à custa de quem? do povo. Este Povo que eu teimo em defender muito embora isso seja do seu próprio desconhecimento. Também não é isso que me incomoda, sempre fiz muito por muita gente, sinto-me orgulhosa de o ter feito, não espero nem quero meças seja de quem fôr, mas, cuidado, o associativismo nem sempre é aquilo que o povo quer que ele seja,e para que foi criado, mas, isso sim, aquilo que quem está à frente de uma associação pretende.
As Associações viveram sempre de mão estendida, o que para mim não é grave, grave eram os fins que davam aos fabulosos subsídios do Estado o mesmo que é dizer: meu, teu, e também daquele outro que nos antecede ou precede.

Para ilustrar o que antecede, pensem meus amigos nalgumas Associções e vejam que o altruísmo não é apanágio das mesmas. Senão vejamos uma CAP, uma AJAP, uma CNA, etc.ect...!

Sei que o Caríssimo Indigente António Neves, por quem, sem o conhecer, nutro carinhoso respeito, porque conhecendo os seus pais, o António só pode ser bem formado. Mas, cuidado, o associativismo não é aquilo que o Amigo diz. Deveria ser, nas não é, salvo raras raríssimas excepções. Esta coisa do unir para mais fácil resolver problemas graves, muitas vezes gravissimos de quem precisa, não passa de uma utopia. Di-lo quem sabe.

E eu seio-o porque vivi paredes meias e sempre combatendo o ostracismo em que o povo era votado e em nome desse mesmo povo se viviam faustosamente que eram o maoir atentado ^`a pobreza do nosso país.

Contestatária,  26 de agosto de 2009 às 20:51  

Correcção: Peço desculpa pelo lapso, onde se lê "corporativismo" deverá ler-se "Cooperativismo". Substancialmente diferente.

Até breve
Contestatária

Anónimo,  27 de agosto de 2009 às 22:00  

para quê associativismo?
digam para quê?
se uns fazem e outros não...
ainda por cima são enxovalhados...
vale a pena?
NÃO... NUNCA MAIS...

Anónimo,  31 de agosto de 2009 às 12:33  

Ao anónimo das 22h dia 27/8

Desistir é dos fracos e dos fracos não reza a história.

Uns trabalham outros veem trabalhar e no fim estão a pedir os louros pelo nada que fizeram,sempre foi e sempre assim sera,temos que ser presistentes se é que gostamos de fazer alguma coisa pela sociedade,e sairmos sempre quando quizermos de cabeça erguida,com seriedade pela porta grande,nunca empurrados.

Vale sempre a pena.

"NÃO...NUNCA MAIS..."Não comento porque não sei onde esteve e os motivos,e mais não digo.

Elemento Associação

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