segunda-feira, 7 de junho de 2010

Encerramento de Escolas

Já em tempos trouxe a este espaço a problemática da organização escolar, nomeadamente no 1º ciclo do ensino básico, vulgo escola primária, não quero com este post provocar alarmismos, com o anuncio feito pelo governo da pretensão de encerrar as escolas com menos de 20 alunos, e perspectivando-se já para o próximo ano lectivo o encerramento de alguns pólos no nosso concelho, resolvi trazer a debate este tema e quais as consequências que dai poderão advir para as crianças do nosso concelho e em especial para as da freguesia de Santar.

Uma escola que fecha não volta a abrir, não devia ser da competência do Ministério da Educação fecharem ou manterem escolas abertas, deveriam ser as autarquias a decidir se mantêm ou fecham estas pequenas escolas, porque existem especificidades regionais, como escolas renovadas há dois anos que agora poderão fechar. Devemos ter em conta a dinamização económica e social que a existência de um professor e uma escola aberta têm numa região, no que concerne ao combate à desertificação, à promoção da cultura, e ao incentivo da economia local.

Encerrar escolas nas aldeias é como terminar com a alegria da terra, em breve teremos só os idosos das 7h00 às 19h00, o riso das crianças deixará para sempre estes locais, existem formas de cortar nas despesas de educação muito mais vantajosas, como por exemplo, encerrar Direcções como a DGIDC (Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular), e diminuir os gastos correntes, por exemplo substituindo lâmpadas, diminuindo o consumo de água, reutilizar os manuais escolares e os Magalhães!

16 comentários:

Isabel Tavares,  7 de junho de 2010 às 16:21  

O Autor do post "Encerramento das Escolas", sabe, como o tem vindo a demonstrar, escolher os temas e tratá-los de modo profundamente humano a ponto de o leitor se sentir emocionado durante a sua leitura.

Neste tema em análise, o fecho das escolas da primeira fase, ou seja "escolas primárias", alicerce da educação de todos nós, fá-lo com serenidade, mas com alma, a ponto de despertar nas pessoas mais idosas e habituadas à pacatez e ao bulício que a ida das nossas crianças nos provoca logo pela manhã quando iniciam o seu dia escolar, aquela ternura de os ver passar, com as usas mochilas, cheios de alegria a caminho de um novo dia.

Os pequenos povoados, habituados há décadas, à figura do professor primário, aliás figura que inspirava em todos um misto de respeito e veneração, porque eram eles que durante muitas horas do ano tinham à sua guarda e criavam as raízes duma educação que nós pais queriamos e acreditávamos ser o pilar do futuro dos nossos filhos, irão ficar quedos e mudos, tristes e ansiosos até que as nossas crianças voltem ao fim do dia ao seio dos seus lares.

Há, contudo, que acompanhar a evolução dos tempos. Aquilo que para mim foi importante durante as 3 4 décadas que ficaram para trás, não é, necessariamente, importante para estas crianças e para a globalização que fomos forçados a aceitar.

Por outro lado, sou de opinião de que não se soluciona o problema organizando Internatos de Educação Orientada tais como os agrupamentos que "ora soi dizer-se", mas talvez seja um princípio.

Sucintamente, as nossas raízes irão secar perante a amputação de folhas e troncos tão viçosos e necessários como são o convivio directo das nossas crianças com as suas aldeias. Mas, curiosamente e após pequeno período de adaptação, serão essas mesmas crianças as primeiras a abraçarem o facto de se encontrarem a conviver com outras crianças, de diferentes localizações, com outras formas de pensar e de agir. Este sistema, pese embora o facto de nos degsagradar a nós adultos, irá beneficiar os nossos meninos e prepará-los para um futuro onde nada se compadecerá com aqueles estejam que menos preparados.

Temos, pois, perante o que antecede, e perante factos que não se compadecem e que quando são anunciados e já estão decidios e por isso mesmo irreversíveis, aceitar aquilo que para os nossos filhos poderá(?) vir a ser a melhor solução enquqnto que para os povos, aldeias e vilas, ver instituições fechadas e onde ontem só havia risos e alegria das crianças, amanhã o silêncio for sepulcral, as paredes ficarem escuras, os telhados ruirem tal como os nossos velhos corpos que estão já hoje fora do contexto e do sentir das novas gerações.

Temos, por amor das nossas crianças, optar pelo mal menor.

Amigo Tó Neves, a vida é isto e, ou a aceitamos tal como ela nos é posta, ou corremos o risco de termos que preparar a próxima etapa que será a nossa "vegetação"


O abraço amigo de sempre

Tó Neves,  7 de junho de 2010 às 17:07  

@ Isabel Tavares

Concordo em parte com a sua abordagem ao tema, já á uns anos que tenho acompanhado a temática da educação, tanto nas associações de pais bem como elemento de orgãos das escolas do nosso concelho, nomeadamente no Conselho Geral.

O nosso concelho devido á sua dimensão, poderá não apresentar tantos problemas com o fecho de escolas, como acontece em concelhos de maior dimensão. A nivel pedagógico sou a favor de uma melhor oferta escolar, nomeadamente acabar com as turmas mistas de vários anos num só, pois acho que o aproveitamento é diminuto, penalizando tanto os alunos como os próprios professores.

O intuito do meu post, é não se prepara primeiro "o caminho a seguir", este caminho exige que os estabelecimentos de ensino que irão receber essas crianças, sejam dotados de espaços, serviços, equipamentos e materiais que claramente rompam com a situação actual. Refeitórios, pavilhões desportivos, campos de jogos, salas específicas de educação musical, expressão plástica, informática, serviços administrativos, equipamentos audiovisuais, biblioteca, mediateca, têm que fazer parte dessa nova escola. Bem como uma boa rede viária e de transportes.

Deverá pois equacionar-se o encerramento de escolas antes dos novos centros educativos estarem prontos, aqui, segundo a minha opinião, está o ponto fulcral da questão, ao fim da rede escolar reestruturada ai sim, vermos quais as ofertas mais vantajosas para um saudável e eficaz ensino e uma maior sociabilização dos nossos educandos.

Um abraço

Regina Santiago,  7 de junho de 2010 às 20:00  

Prezados Amigos:
Contando que o conteúdo do post, sobejamente pertinente e que deveria, desde já, ser motivo de preocupação de muitas famílias, faz parte do "meu universo profissional", não poderia deixar passar sem que pudesse acrescentar algo!
Porque a minha área de trabalho fica afastada de Santar/Nelas, a minha perspectiva vai no sentido dessa realidade, a qual se reproduzirá por outras tantas localidades!Também não será tanto como Encarregada de Educação que surgem as minhas preocupações, mas enquanto profissional!
Apesar de a Tutela falar no encerramento das escolas do 1º ciclo, não podemos esquecer das dificuldades inerentes à reorganização dos mega agrupamentos! Desde há alguns anos, as alterações no nosso sistema de ensino surgem em catadupa, sem tempo para as assimilarmos e interiorizarmos! Se os adultos sentem essa dificuldade, que dirão as nossas crianças/alunos? Ainda há pouco surgiu a noção de agrupamento; agora falamos em Centro Escolar/Educativo, Mega agrupamento do qual constarão as escolas do concelho; que mais se seguirá? Quem conhece este mecanismo, saberá do que falo. Ainda, até aqui, as turmas deveriam ser constituídas por 20 alunos. Salvo raras excepções, deveria ser solicitada autorização à Direcção Regional da Educação Centro (DREC). A partir de agora, vão inverter-se as situações: as turmas deverão ter como referência os 30 elementos! Já se questionaram o quão grave e impeditivo é este factor para o sucesso de ensino/aprendizagem dos nossos alunos? Podemos, igualmente, abordar a questão das distâncias: acham plausível os jovens levantarem-se às 6.30H e entrarem em suas casas às 20H? Após o cansaço inerente a um dia de actividades, restar-lhes-á tempo e vontade para reforçar o que foi aprendido?
Pensemos nas nossas crianças: sabendo da escassez de tempo decorrente da implementação das Actividades de Enriquecimento Curricular AEC), quanto tempo sobra para o fortalecimento, para o diálogo com a família e, mais grave, que tempo lhes sobra para serem crianças? Não creio que computadores, quadros interactivos, uma boa biblioteca, boas instalações físicas tomem o lugar do que é e de quem é primordial no desenvolvimento destas crianças! Hoje, mais do que nunca, eles precisam tempo para brincar. Não é por acaso que o número de crianças hiperactivas aumenta; é a obesidade infantil a crescer, a vivência de realidades virtuais, desenvolvendo nelas ideias que nem sempre traduzem a verdade dura e crua ... e muitas outras questões que se traduzem nas nossas crianças, jovens, homens de amanhã!
Poderia abordar, igualmente, este tema na perspectiva profissional, mas quedo-me pelo aspecto mais significativo dete processo!
Justificação: em prol do pagamento de uma crise cuja dívida estes inocentes pagarão! Em nome da redução das despesas com a educação! Medidas do PEC escondidas estratégicamente: não esqueçamos que temos à porta o final de mais um ano lectivo e toda a imensidade de trabalho e a larga responsabilidade própria que a si chama, nomedamente o processo dos Exames Nacionais, os prazos a cumprir e muito mais!
Descansemos e esqueçamos, momentaneamente, as notícias que agora nos agitam. Gozemos as férias para que possamos retemperar forças e esperar...por Setembro! Até lá, mentalizemo-nos
e sejamos seres resignados contra quem pode mais do que nós...

Carlos Neves 8 de junho de 2010 às 00:38  

Este é mais um tema que exemplifica a forma como somos governados. Isto não são mais que decisões que têm por base fundamentos meramente económicos, que não tomam em consideração outros factores, sejam eles sociais ou culturais. Aquilo a que vamos assistir, é de facto ao aumento da desertificação, que, numa primeira fase será, como diz o autor , das 07h00 às 19h00, mas que, a médio e longo prazo trará consequencias mais profundas, ou seja a completa desertifcação dos aglumerados populacionais de menor dimensão.
Num pais onde as assimetrias são profundas, em vez de assistirmos à formulação de politicas contra a desertificação, assitimos exactamente ao contrário, a politicas que fomentam essas mesmas assimetrias e contribuem para a crescente desertificação, em especial das zonas rurais mais desfavorecidas.
Além destes factores, pergunto-me, se a eficiencia e/ou eficácia do sistema publico de ensino ganha alguma coisa com isto. De certeza que esta medida não contribuirá em nada, para a motivação dos alunos. Além de ser de uma violencia tremenda obrigar crianças a sairem de casa substancialmente mais cedo e a chegarem mais tarde, e a passarem, na minha opinião, tempo demasiado na escola, existem ainda as mudanças de rotinas a que os pais e/ou encarregados de educação, serão obrigados.
Por outro lado, duvido, que no deve e haver, falando só em aspectos tangiveis, a poupança com estas medidas seja significativa, uma vez que terão que ser efectuados investimentos avultados na criação e/ou requalificação dos centros educativos a que teremos que juntar o investimento em meios logisticos.
Desta forma, não posso concordar com estas medidas, principalmente, porque haveria outras areas onde se poderia cortar despesa, como por exemplo, os governos civis e uma quantidade de institutos públicos que não servem para nada que não seja pagar vencimentos chorudos a quem os administra sem qualquer tipo de resultado e/ou valor acrescentado para o cidadão.

Anónimo,  8 de junho de 2010 às 13:32  

nota-se plos comentárioos keste assunto ndá pica.

Regina Santiago,  8 de junho de 2010 às 16:45  

Lamentavelmente! Porque será?
Atenciosamente

Carlitos,  8 de junho de 2010 às 21:28  

Pk nós nao keremos educaçao escolar
pk svê formados tao mal formados!.....
opto pla escola dvida

Me desculpe, pksei knao é o caso dsenhora, mas ás vezes dá kpensar ndá?
Tanto doutor mal formado sem moral nem respeito plo seu semelhante, bom, vou optar quando for grnde ter a profissao dmeu paizinho, sabe qual? Agricultor, pk sou pkeno epenso kninguem liga agricultura, edela éktudo vem, nao acha?
Por isso éko mundo tá na situaçao ktá.

Beijinhos do puto kdegenerou, nao kero ser 1 réles doutor mas sim bom....agricultor, beber uns catrapázios dmeu tinto,dar uns tirinhos nas minhas ervinhas aromáticas, cultivà-las pra dlas fazer cházinho para curar doentes,com enxaquecas, dor nas cervicais etc,etc.
Ser bronzeado no campo
Tdo, mesmo tdo ko campo nos dá
À...e ouvir as rãs a cantarem na minha poça plo caír dnoite e eu fumando o meu berlaite, como os meus avózinhos faziam, ainda melhor.

Que bom ser agricultor e viver no campo, sou tao feliz nao quero studar pra ficar dgravata em frent dcomputador?Ou mandar no élo mais fraco, nao isso nao!me deixem nesta liberdad sou tao feliz assim!

Redaçao feita plo Carlitos idade 15anos, profissao servente dagricultor.
k acham kbáto mal?ksou atrasado e ingénuo?
p.favor ndigam nda á s.social kdeixei dstudar satao vêmme buscar e aí a minha LIBERDADE feliz acaba.
Deixem-me ser eu próprio eu nakero ser como os otros.

Afonso Rodrigues,  8 de junho de 2010 às 21:33  

É facil saber Drª Regina. Pensar, expressar ideias, dar contributo a uma discussão séria e respeitavel,não está ao alcance de todos. E infelizmente, em Santar são poucos os que o conseguem fazer.
A si, à D. Isabel e aos Indigentes, o meu muito obrigado pela forma esclarecida, inteligente e cordial, como fazem comentário e trazem à discussão temas tão importantes e pertinentes, de Santar e tb do país.

Anónimo,  8 de junho de 2010 às 21:38  

@ Carlitos,

Estás quase...

Carlitos,  8 de junho de 2010 às 23:30  

Quase okê? a vir..........me?.....rem mbuscar?
Isso já consegui a primeira vez tinha 12anos foi a ordenhar os tetos dcabritinha.

Anónimo,  8 de junho de 2010 às 23:36  

a seres apanhado...

Anónimo,  8 de junho de 2010 às 23:44  

@ Carlitos, sabes mais do que eu te ensinei
sinceramente gostei.

Carlitos,  9 de junho de 2010 às 00:43  

keres me fazer companhia no campo?
fumamos 1kentuky,bebemos água dpé
ó páz é uma cena fixe e uma liberdade!
dpois fizemos gaiólas prás aves drapina
fizemos uma fisga prátirar á s.social eaos média
Òpaz ficamos mesmo fora desta sociedad dmerda, nao achas?
nao temos kpagar irs
Contratamos umas brazucas pra nos saciar o chouriço feito dtrombas dporco ker dizer já nprecisamos dtrombar, entends? éuma cena fixe
ó paz snao for assim ndá
nao curto a cidade
´mto barulho
pkeno almoço dfumo
almoço dfastfoodo
merenda dcoca có e pizças
jantar de beiças dbóde ó meu assim ndá

Na laboira comemos tudinho puro a auguita a correr na barróca
ouvimos avoz dos rouxinois britamos pinhoes
e pudemos fazer um cachimbo dpaz dpau dmarmeleiro pra darmos com ele aos prófs lá dcidade

nakero studar soi mto feliz ncampo pela noite conto as estrelas em vez dcaibros só elas mensinam aescola verdadeira.

Anónimo,  9 de junho de 2010 às 01:03  

@ Carlitos

Com k então és tu!!

Ah, comentares como Carlitos e anonimo logo de seguida é k não vai nada bem!!!!!

Carlos Alberto da Costa Liberto 9 de junho de 2010 às 02:25  

A popularidade do político- populista está relacionada ao saber do povo que o elege.
Menos escolas, menor a cobrança dos direitos de cidadania.
Interessado nos últimos temas em discussão procurei entender como funciona a política local para poder posicionar-me a respeito. Democracia sem representação distrital dá nisso aí, temos que engolir tudo o que nos enfiam pela goela, não somos nós que decidimos é o partido, melhor, os interesses partidários! Como aqui já foi dito pelas bravas mulheres inteligentes de Santar, dificulta-se o saber das crianças e continua-se a aumentar a dívida que eles no futuro terão de pagar.
Partido político não é clube de futebol que muitas vezes defendemos com paixão e fanatismo. O homem é um ser político, vivemos do entendimento, não obstante, o pensamento contrário,
Temos que discutir o futuro do jovem, afinal é ele que vai pagar a nossa aposentadoria.

Cumprimentos a todos

Carlitos,  9 de junho de 2010 às 12:45  

Boa sr.Basófia tá fixe.

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