quarta-feira, 10 de agosto de 2011

D'Santar

em seu tempo, eis uma manifestação primaveril...
foi a única que vi este ano...
pena não estar ninguém...
verde Maio...

2 comentários:

isabel tavares,  11 de agosto de 2011 às 14:08  

Na verdade fiquei com esta imagem, a rememoriar os meus tempos de criança, com algumas carências que na altura me pareciam duras, mas naturais. Hoje pensando no passado e consequentemente em tudo o que me foi dado viver, um viver igual a todas as crianças da minha geração, a nostalgia toma conta de mim.
Sei que a alegria era muita, a fé, maior, o aceitar com esperança, que tardou em ter os seus efeitos, mas que para muitos chegou e fez feliz. Para muitos ela resplandeceu e se concretizou, por sorte? por luta? por fé? ou porque teve que ser?
Fosse como fosse, essa geração da qual fiz parte, fez o seu percurso na vida uns com maior êxito do que outros. Uns fora do seu habitat outros umas centenas de kilometros mais distantes e ainda outros a milhares de kilometros do pedaço de terra em que Deus os colocou.
Para Deus todos os lugares são bons para os seus dilétos filhos o amarem e com a fé que Ele quer que tenhamos, vencermos na vida e através da luta insane que tivemos de vencer e gozarmos agora as delícias da paz.
Tenho pena que a nossa paz esteja a ser tão assombrada pela crise que grassa por esse mundo fora, mas quando queremos abstrairmo-nos desta recessão, depressão e desilusão, só nos resta olhar para trás, ver que a vida pobre que tinhamos, hoje nos deixa nostálgicos por já nada ser como dantes.
Amigo o "mocho" que este ano encontrou e sendo o único exemplar visível aos nossos olhos, deixa-nos a refletir em como a nossa solidão actual se tornou no nosso maior tormento.
os "mochos" existem dentro das nossas casas, na minha também e para não se tornar tão sombriamente triste ressuando saudade por todos os buraquinhos que os bichos lhe fazem, para o tornar mais alegre não o prantei na porta da minha casa junto à rua. Pintei-o de branco, olho-o com um misto de ternura e penso nos meus antepassados nomeadamente nos meus pais, falo-lhe como se estivesse perante eles. Em resumo, eu mato saudades do tempo duro que passei, aproveitando para incutir no nosso "mocho" novo sentido para a utilidade que ele ainda virá a ter nas nossas vidas.

Carlos Liberto,  13 de agosto de 2011 às 17:44  

Não gosto de frio e por isso Maio representa a mudança de humor, o início de dias mais quentes, do renascer da natureza, o florir dos campos, o brotar das videiras. Resumindo: Maio é o tempo da mãe Terra dar à luz, viviparamente, novo ciclo de vida,com os múltiplos partos da natureza. Gosto da sua magia, do seu perfume. É a melhor época para tirar férias e relaxar.
Tentei em vão reconhecer o local da foto. Lembro que os ramos de giestas eram colocados na porta de entrada das casas, no primeiro dia de Maio, para dar sorte e atrair bons fluídos no decorrer do ano!
O mocho...!? O mocho solitário diz tudo, aguça a imaginação, faz relembrar o passado e pensar no presente sombrio da desertificação do interior.
O corpo cansado da labuta diária sentava-se nele para se aquecer em volta da lareira, ou pegando uma réstia de sol nos dias frios de inverno, como assim o indica a foto. Lembra a família unida, solidária e amorosa com os idosos, sendo estes cuidados e alimentados com os ricos frutos do que plantaram ao longo da vida.
O mocho solitário, tal como a ave enigmática com a qual compartilha a mesma denominação, nos induz a pensar no passado e a refletir.
Que a saudade sirva de alento para enfrentar os dias difíceis que pela frente possam vir, como tão bem diz a Sra. Isabel Tavares.
Cumprimentos
CAL
P S- Sra. Isabel Tavares, por aqui o AO está gerando muitas controvérsias, é motivo de chacota e risos. Se tiver interesse, entre no blog http://lapisdepedra.blogspot.com/

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