sexta-feira, 3 de junho de 2011

D'Santar



ainda não há muitos anos ...



árvores que já desapareceram...

12 comentários:

Isabel Tavares,  4 de junho de 2011 às 17:43  

Ao ler este abrir de convite a comentários não poude deixar de sentir um misto de saudade e ternura.
"D'Santar" era uma palavra que diariamente eu ouvia até hà cerca de 10 anos atrás. E onde é que eu comecei a ouvir esta forma de tratamento? Pois, exactamente, no meu local de trabalho. A razão desta forma de tratamento nominal, não tinha nada de especial, mas quando assim era chamada lembrava-me das revistas a que os portugueses chamam "jet set", se é que em Portugal existe essa classe troglodita de "incompetentes e parasitas" que vivem de "expidientes mais ou menos duvidosos", mas porque no meu local de trabalho, a meu lado e exercendo o mesmo tipo de funções, estava uma colega que se chama Maria Isabel. Então, e sem que previamente alguém o determinasse, o nosso chefe, meu e dela, decidiu que eu passaria a ser, para ele, "Isabel d'Santar" e a minha colega, porque era do alentejo, seria, para ele, Isabel alentejana. Assim fui tratada eu, e a minha colega durante pelo menos dez anos seguidos.
Direi, para que dúvidas não fiquem, que o meu chefe era à altura Presidente do Conselho de Administração do INGA hoje IFAP, e a minha colega a senhora D. Maria Isabel Garcia Vidal da Gama, também já aposentada.
Remeniscências do passado pouco lonjínquo, que me enternecem e deixam no meu estado de ânimo grande nostalgia. Coisas do passado!?.
Mas nem só "D'Santar" se fala neste post do nosso querido amigo Carlos Aurindo, também fala de árvores. Tem razão amigo, já não estão naqueles lugares em que o nosso velho Santar as tinha colocado, várias vezes olhei para o sítio onde vetusta e corcuvada se encontrava a velha árvore e não a vendo, eu questionava-me e mentalmente dizia: tudo morre nesta vida, as pessoas morrem normalmente deitadas numa cama, sentadas num qualquer banco ou local mas nunca onde elas nasceram, porém as árvores estão sempre ali, e quando morrem, MORREM DE PÉ.
Os responsáveis desta terra, deveriam ter o cuidado de, na morte da velha "senhora" se tivessa plantado uma substituta que seria agora olhada como a sua sucessora, quiça sua neta ou bisneta, que nos deleitasse com a sua bela sombra nestes verões que todos os anos nos assolam.

Com amizade.
Isabel Tavares

Carlos Aurindo 16 de junho de 2011 às 17:12  

@ Isabel Tavares

a propósito de árvores...
até se têm plantado muitas árvores em Santar, é certo que nem sempre aquelas que morrem são substituídas, mas nos "novos" passeios, largo da feira, entre outros locais, têm vindo sendo plantadas ao longo dos últimos anos.
o que eu queria aqui questionar é o critério que tem estado a ser seguido, se é que há algum, na escolhas de novas árvores?

cumprimentos:

Ordysi

Isabel Tavares,  17 de junho de 2011 às 13:37  

Caríssimo Carlos, conheço perfeitamente o seu desencanto pelas muitas situações que o nosso belo Santar tem passado, sei que o tipo de árvores que têm vindo a ser plantadas não serão as mais adequadas, mas teremos que agradecer entre, o nada e o alguma coisa, e nessa alguma coisa, têm aparecido árvores o que já é louvável. Isto nos lugares onde nunca existiram arvores, mas eu referia-me especialente às que foram abatidas e no seu lugar não foi posta a sua substituta.
Sabe meu amigo, tenho esperança de ver a nossa querida terra e as suas gentes com cara nova e alegria nos semblantes dos nossos conterrâneos e tenho a certeza que esta esperança faz parte do seu sentir e o de todos os Santarenses.
Tal como disse no meu comentário anterior, "as pessoas nunca morrem no mesmo lugar onde nascem" elas vão-se movimentando tentando encontrar a felicidade algures, muitas encontram essa felicidade, outros, infelismente não, e nunca num caso ou noutro, elas estão no seu berço, morrem de varias maneiras como o amigo sabe, mas as ávores estão ali, permanecem ali durante vidas inteiras a maioi parte delas são seculares e se as não molestarem elas lá estarão sempre prontas a dar-nos a sombra e a paz que buscamos permanentemente, por isso eu digo, elas resistem até que devido à sua idade vetusta, elas partem, mas com a dignidade que nenhum ser humano consegue, elas estão de pé, algumas corcuvadas e carcomidas, mas nem por isso perdem o seu pendor a sua vaidade e firmemte lá ficam sempre enraizadas e o homem, sem piedade chega e abate-a sem dó nem piedade. Poderiam eventualmente pÕr no seu lugar, uma outra digamos sua bisneta ou mesmo trineta, mas raramente isso acontece.
A Velhas árvores da estrada e da Farmácia, não morreram de morte natural, mas de morte matada, mas sempre de pé.
Com amizade e consideração

Carlos Aurindo 17 de junho de 2011 às 14:01  

@ Isabel Tavares

concordo com a sua leitura, mas nos locais que indicou tenho a uma pequena impressão de que a preferência vai para o granito, numa tentativa de balizar os espaços que são públicos dos não públicos. mais, embora eu não seja um especialista na matéria, aquando da requalificação dos largos da Misericórdia, porque não foram repostas as árvores que foram abatidas? porque não se fizeram estacionamentos como se exigia? porque não se fez acessos em rampa para deficientes? porque não se integrou melhor o coreto? qual a necessidade de um muro a dividir os largos? e os cabos eléctricos e de telefone aéreos não foram retirados? porque, porque, e mais porquês...
não terá a ver com a falta de uma estratégia consertada que dignifique mais Santar e suas gentes?

cumprimentos:

Ordysi

Carlos Liberto,  18 de junho de 2011 às 15:27  

Só a Sra. Isabel Tavares para motivar-me a vir a este campo deserto, despojado de calor humano, manifestar opinião, de bem querer, a Santar.
Admiro a sua vontade, persistência e, principalmente, tolerância à constante recepção ingrata sofrida.
Fazendo um paralelo: podemos comparar as atitudes de desumanos para com a vida vegetal com o que acontece no relacionamento social. Se não damos valor à vida humana, cultivando florestas, pomares, jardins de pessoas, proporcionando bem estar e qualidade de vida inteligente, como esperar tratamento diferente com árvores?
Assassinos da natureza, pois são responsáveis por vários crimes ambientais, a saber: MATARAM O OLIVAL DO LARGO DA FEIRA, MATARAM A FLORESTA DA FONTINHA DOS AMORES, MATARAM DUAS GRANDES ÁRVORES NA ENTRADA E SAÍDA DA VILA, MATARAM AMIEIROS NA RIBEIRA, MATARAM E CONTINUAM MATANDO A BELEZA DA MÃE NATUREZA. O mais importante falta em Santar: consciência, de todos, que estamos aqui de passagem e que o resultado de nossas ações afetará nossos descendentes.
Criticado por afirmar que gosto muito de Santar vou dar mais outro motivo para crítica: acuso os políticos de não gostarem de Santar (será que gostam de algo ou alguém, além dos seus vaidosos egos?).
P S – Assassino da Natureza é quem comete Crime Ambiental e, por tabela, também mata gente e, de morte lenta!

Cumprimentos santarenses
CAL

Isabel,  19 de junho de 2011 às 14:59  

Amigo carlos Liberto
Comungo inteiramente da sua opinião

Quem destrói a natureza tem veneno na própria mesa.

Isabel Matias,  20 de junho de 2011 às 12:26  

Hoje, no momento em que espreito este sítio, tenho a agradável surpresa de voltar a ler as opiniões de todos mas é com redobrado prazer que aqui encontro, mais uma vez, o grande defensor de Santar: O Carlos Liberto, que não conheço pessoalmente, mas em compensação conheço a sua Família, também tive a subida honra de conhecer o seu Pai, pessoa amável, cordata e amigo de todos nós.
Bem haja pela consideração que me imputa e que o obriga a estar aqui. Aqui também seria uma honra encontrar os muitos Santarenses que ainda sentem na sua alma a sua naturalidade, mas que, não aparecem com grande pena minha. Respeito-os e tenho a esperança de os ver a comungar neste espaço, as ideias daqueles que, como Carlos Liberto, querem sentir Santar, amar Santar, viver Santar, ver tudo à sua volta palpitando de alegria tal como quando eu era pequena e sentia a vida a palpitar em cada Santarense, muito embora as condições fossem aquelas que todos nós sabemos.

Agradeço-lhe a sua presença bem como as suas palavras.

Nota: Quero esclarecer que o comemtário da Senhora Isabel para o "Amigo carlos Liberto" não é da minha autoria.

Para si Caro conterrâneo vai o meu desejo de que mantenha sempre esse seu ardor e amor às suas origens.
Eu não desisto facilmente
Um abraço da conterrânea
Isabel Matias

Isabel Tavares,  21 de junho de 2011 às 18:14  

Correcção ou esclarecimento ao nosso conterrâneo Carlos Liberto.
Amigo só depois de ter enviado o comentário é que vi que pela primeira vez assinei com apelido que uso no meu BI, embora nele também conste Tavares além de outros, parece-me que percebeu logo que esse apelido pertence à mesma pessoa ou seja Isabel Tavares.
Fica a correcção com um abraço de amizade
Isabel Tavares

Carlos Aurindo 23 de junho de 2011 às 12:03  

@ Carlos Liberto

não deixando de ser pertinente os vários desaparecimentos de árvores que citou, os desaparecimentos de árvores de particulares, mesmo com grande pena "nossa", não são de nossa conta, mas já as públicas não, devemos honrar quem precioso legado nos deixou.
como é visível por todo Santar, muitas outras foram plantadas, mas, pergunto eu, com que critério? porque muitas das árvores plantadas, e mais uma vez na minha opinião, não serão as mais indicadas, algumas até nem respeitam a flora regional.

cumprimentos:

Ordysi

M J,  24 de junho de 2011 às 15:50  

Meus amigos ser amigo de Santar nao e vir para aqui opinar por opinar,vamos la entam. deitou-se abaixo a mata da quinta talvez os proprietarios precisassem de realizar algum dinheiro para custear as despesas do dia a dia como despesa do pessoal e que cada um e que sabe os problemas que tem em casa.mas em contrapartida plantou-se uma vinha onde muitos Santarenses ganham o seu sustento,nas margens da ribeira leziria e quinta plantaram-se freixos carvalhos e cedros que compensam em grande parte a perda daquela mata,na feira com a abertura das ruas que circundam o largo, as arvores plantadas quase compensam as oliveiras destruidas.Em contrapartida a isto tudo plantou-se um pomar de macieiras nos limites de Carvalhal e Santar e quem passa tem uma certa dificuldade em diferenciar as mesmas das ervas.ja me esquecia das tilias plantadas na avenida duque de bragança e os abrunheiros de jardin na rua da taipa como vêm se todas as areas florestais no mundo tivessem este equilibrio de plantaçao todos viveriamos num MUNDO MELHOR.tambem sou contra a destruiçao das massas florestais mas neste caso, segundo minha opiniao acho que SANTAR ficou com o seu eco sistema ambiental mais ou menos equilibrado.

Carlos Liberto,  24 de junho de 2011 às 21:35  

Amiga Sra. Isabel Tavares
Gostamos de Santar
Li recentemente que estamos onde está o nosso pensamento. Escrevendo no computador, viajo por Santar ao mesmo tempo em que espirro no RJ.
Com o seu incentivo e colaboração, o faço com mais freqüência.
Agradeço por mais isso. Muito obrigado.
Cumprimentos do amigo conterrâneo
CAL

Carlos Liberto,  24 de junho de 2011 às 22:03  

@ Carlos Aurindo
São dois casos distintos, porém convergem na mesma direção:prejudicar, descaracterizar, enfear Santar. São de nossa conta sim!

1°- O Olival do Largo da Feira era propriedade privada, de uso público, para realização da Feira de final de mês, persistindo até hoje no local. Após o 25 de Abril, a ideologia totalitária, revanchista, tomou-o (na ignorância) de seus proprietários, pagando simbólica quantia por cada Oliveira. Eram dezenas de grandes Oliveiras seculares, ou até milenares. Referenciadas e cultuadas por povos antigos, citadas na Bíblia, têm vida longa (existem Oliveiras com mais de dois mil anos).

De pouca manutenção: poda de vez em quando e a colheita dos frutos.
Estimo que a produção de azeite no local fosse de meia tonelada +/–.
Qual a pressa para arrancar, matar todas as Oliveiras, se até hoje o espaço se encontra deserto? Felizmente, a Democracia não permitiu o “paredon” e, talvez por isso, a raiva sobrou para as indefesas Oliveiras.

2°-A Casa de Santar tem responsabilidades acrescidas para com o povo
de Santar, uma delas é ambiental, outra é social. Cortar Cedros e Amieiros foi uma agressão ao Meio Ambiente (crime), quanto a isto entendo estar todo mundo de acordo. Entrando pelo lado mais delicado da questão, o social, o povo perdeu um espaço há muitos anos usado para lazer. Não houve sensibilidade, nem reconhecimento, por parte do proprietário, das carências do povo que ajudou a construir e manter, com suor e lágrimas, em tempos difíceis, o belo e grandioso patrimônio, referência de Santar.

No que diz respeito às outras árvores, mantenho o que disse anteriormente: se o trato, a relação com as pessoas, é de indiferença e agressão, como poderia ser diferente com a vida vegetal? É, simplesmente, lamentável!!
Cumprimentos
CAL

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