terça-feira, 31 de março de 2009

Semana Santa 2009 - Procissão do encontro

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Semana Santa 2009 - Procissão com o Senhor dos Paços e Nossa Senhora das Dores

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domingo, 29 de março de 2009

Breves;

(...) novela "Penúltimo do Pedro" teve mais um episódio!!!
(...) o que pensa da iluminação publica? suficiente; insuficiente ou demasiada?
(...) um apelo á recolha etnográfica de Santar!!!
(...) no meio está a virtude!!! nas Azeitonas é o caroço!!!
(...) menos uma árvore em Santar, seca mas é menos uma!!!!???

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sábado, 28 de março de 2009

Programa da Semana Santa em Santar

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quinta-feira, 26 de março de 2009

Protocolo com Associações de Santar

No passado Domingo dia 22 de Março foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Nelas, a Junta de Freguesia e algumas das associações santarenses, pelo menos aquelas que não possuem sede própria. Tal facto enche-nos de alegria pelo passo dado, mas não deixa no entanto de causar alguma perplexidade, quando lendo o protocolo, nos deparamos com algumas alíneas que não compreendemos na totalidade.
Não querendo tecer juízos de valor sobre as motivações e o interesse deste documento, pois acredito na boa fé de todas as partes envolvidas, deixo ao critério dos leitores d'O Indigente a sua análise, acreditando que a discussão publica pode acrescentar algo de diferente.Gostaria no entanto de esclarecer que as duvidas que possam surgir não devem ser entendidas como forças de bloqueio, à construção de uma estrutura que em Santar só peca por tardia.




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Santar na "Lavoura da Beira Alta"

Artigo publicado na Revista “Lavoura da Beira Alta” Mensário da Federação dos Grémios da Lavoura da Beira Alta, edição de 31 de Março de 1959 com destaque ao Posto de Assistência Social Visconde Taveiro datado de 1950 e seus dirigentes.



Um muito obrigado mais uma vez, ao Tonhé.

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terça-feira, 24 de março de 2009

81º Aniversário da Vila de Santar

Tendo sido no passado sábado 21 de Março 2009 a comemoração de mais um aniversário da vila de Santar, só no dia seguinte tiveram lugar os festejos comemorativos dessa data. Da responsabilidade da Junta de Freguesia, o quadro de festejos não foi de todo diferente do que é habitual nestas datas, as arruadas, o simbolismo do hastear da bandeira, a tradicional missa, o almoço e as actividades lúdicas durante a tarde, recorrendo e bem à "prata da casa", fizeram e bem as suas actuações, a Banda de Santar, o Grupo Cultural e Recreativo de Santar, Grupo de Danças e Cantares "Os Santarenses" e finalmente a coqueluche do momento no panorama musical de Santar, os Viscondes.
Destaco estes últimos por se tratar de um grupo de jovens promissores a que só falta ainda, alguma experiência, mas que com tempo e perseverança e a ajuda de pessoas como o Tó Pindalho ou o Pablo Panchica , apaixonados da musica que saberão transmitir os ensinamentos, assim esta rapaziada os queira receber, mantendo assim vivas as tradições musicais que Santar sempre teve.
Finalizou-se o dia com o tradicional lanche oferecido à população.
Destaco a presença das entidades responsáveis pelos destinos do concelho, Presidente da Câmara e seus Vereadores, o deputado á Assembleia da Republica Hélder Amaral do CDS/PP vários presidentes de Junta e alguns empresários de Santar.
Foi durante o almoço, servido no hotel da Quinta dos Belos Ares, que foi assinado um protocolo com as associações da nossa vila para a utilização do espaço Multiusos a construir no terreno da junta de freguesia no Carvalhinho, espaço esse que Santar já necessita á muitos anos e esperamos, venha a tornar-se realidade.
Gostaria para finalizar de lançar o repto à Junta de Freguesia que irá organizar os próximos festejos do 82º Aniversário (seja ela qual for) de no próximo ano organizar um evento com mais valias do ponto de vista lúdico e cultural, com jogos tradicionais, exposições diversas, mostrando de facto Santar a quem nos visita, o que temos , o que somos, o que nos define como a mais bonita terra do concelho de Nelas.
Não sendo uma critica, há situações em que a ambição nos fica bem, devemos por isso ter a ambição de fazer sempre melhor.

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segunda-feira, 23 de março de 2009

(In)Diferentes...

Quem por este espaço navega, não pode ficar indiferente à grandeza de Santar, à sua beleza, à sua história, às suas tradições, à sua imponência. Mas também não pode, e não deve, ficar indiferente ao que se tem feito, ou não, pela sua divulgação, pela sua promoção e pelo seu desenvolvimento. Não podemos, de forma alguma, ficar contentes com o mero papel de "cartão de visita" do concelho, chavão tantas vezes apregoado pelos nossos responsáveis politicos, sem que esse papel seja efectivo, e sem que nada se faça para o concretizar de forma convincente. Falta, claramente, a definição de uma estratégia para tornar Santar naquilo que efectivamente pode ser, falta um plano que possa traçar as directrizes que levem a tirar partido de todas as suas potencialidades no sentido de afirmar esta terra como um polo de atracção, capaz de atrair visitantes, capaz de ser dinamico, capaz de vender o seu produto e de gerar riqueza. Hoje o mundo é marcado pela estandardização, face visivél de um processo de globalização imparavél e inevitável. Perante este cenário, surge como inevitável, que o processo de diferenciação se faça pelos factores contrários, ou seja, pela especificidade, pelo pormenor, pela unicidade. É ai que reside o principal motivo que me leva a escrever desta forma, Santar é portador dessas caracteristicas, é diferente, é unico, e como tal tem todas as condições para se diferenciar e de se afirmar. No entanto, e infelizmente, os tempos passam e as oportunidades também, e nem nos podemos queixar da iniciativa privada, aquilo que nos podemos e devemos queixar é da falta de iniciativa de quem a deveria ter e não tem...

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domingo, 22 de março de 2009

Breves;

(...) mangueiradas á parte, esteve mal!!!!
(...) que rebicoques são aqueles na Soma?
(...) a «creche» que se calhar já não chega!!!!
(...) não se ensina xadrez porque?
(...) as pessoas são as mesmas, havia-se ou não "O SANTARENSE"?

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sexta-feira, 20 de março de 2009

Nota Historica da Misericórdia de Santar

Nota histórica

D. Lopo da Cunha donatário dos concelhos do Barreiro, Senhorim e Óvoa recebeu de Filipe III o título de Conde de Santar. Fundou a Irmandade da Nossa Senhora da Misericórdia de Santar em 1632. Sendo que o primeiro compromisso foi confirmado por Filipe III em 1636.
Para construção da Igreja D. Lopo da Cunha concedeu uma parte da sua quinta do Casal Bom, concedendo-lhe um legado perpétuo, podendo ler-se mo portal principal “D. Lopo da Cunha mandou fazer esta Mis. Anno de 1637”. Como tal a Misericórdia era anualmente obrigada a mandar fazer um oficio com 9 eclesiásticas por sua alma por o que deixava à Santa Casa, anualmente, 30 medidas a receber na sua Casa do Paço e que estas fossem distribuídas a um seu servidor leal e aos pobres (10) aquando de Quinta ou Sexta feira Santa, à porta da Igreja da Misericórdia.
Após aclamação de D. João IV, D. Lopo da Cunha fugiu para Espanha e não regressou a Santar, sendo limitado o acompanhamento directo da obra da Igreja.
A Igreja devia beneficiar de um adro frontal mais alargado que valorizava a sua fachada, mas foi posteriormente diminuída devido à construção de um muro da Casa de Santar. O edifício primitivo de traço maneirista foi objecto de inúmeras alterações ao longo dos séculos na perspectiva de engrandecimento e adaptação às necessidades do culto e as novidades artísticas.
A configuração actual da fachada resulta de uma reforma que se realizou no século XVIII (década de 30). As tribunas ou Coros foram abertos nos finais do século XIX. A tribuna do lado da Epístola destinava-se aos irmãos da Mesa Administrativa e a do lado do Evangelho às Senhoras. A cobertura da Capela-Mor é em madeira ripada em forma de abóbada. O arco do triunfo é revestido por talha dourada que faz o prolongamento dos dois retábulos colaterais. No lado direito da “nave (?)” há um púlpito neogótico. As paredes da Capela-Mor são parcialmente revestidas por azulejos azuis e brancos oitocentistas.
O retábulo-mor é a maior estrutura maneirista do concelho. Apesar de várias alterações a sua estrutura de conjunto mantêm-se. A parte da Talha foi executada aproximadamente em 1650 e o espaço central foi aberto nos inícios do século XVIII para albergar o trono. A pintura dos painéis terá sido feita mais tarde que o entalhe do retábulo, em 1675 e 1679, pelo pintor Manuel Araújo Ponces que recebeu setenta alqueires de pão da Misericórdia a preço de 130 reis cada alqueire que fez soma de 9100 reis para acabar de pagar o valor que ele levou de 80.000 reis. O dourado e pintura branca já foram de 1900.
Estruturalmente subdivide-se em 2 andares na horizontal e em 3 corpos verticais. Colunas jónicas com estrias oblíquas no terço inferior. Nos intercolunares temos Santo António e Santa Catarina seiscentistas. A tribuna central tem a imagem de roca de Nossa Senhora da
Soledade. No corpo central São Luís e Santa Eufémia e nos flancos do lado esquerdo Santa Catarina e do lado direito Santa Isabel.
O segundo andar tem ao centro duas colunas jónicas que ladeiam um painel pintado com a Mãe de todos os homens, Nossa Senhora das Misericórdias. O retábulo fecha com frontão curvilíneo onde se vê dentro de um circulo IMI (Jesus, Maria, José). Os retábulos laterais datam do século XVIII. O retábulo lateral do período joanino no interior de um arco de granito, (foi objecto de adaptações).
Tem 5 figuras em alto relevo, em cima um Pai eterno, no meio a Virgem e São João e no interior São Miguel Arcanjo e São Lourenço. Este conjunto circunda a Cruz de Cristo central. A imagem de Cristo Crucificado deveria pertencer a outro retábulo. As imagens de São Miguel e São Lourenço e o pai eterno terão pertencido a outro retábulo que deveria ser dedicado às Almas enquanto o Cristo Crucificado, ladeado pela Virgem e por São João formam o conjunto do Calvário que deveria constituir a essência do retábulo.
Na Capela Lateral um retábulo neo-clássico, envidraçado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e também envidraçada está a urna com Cristo morto. O púlpito é neo-gótico.
Cruzeiro:
O Cruzeiro encontra-se resguardado por um alpendre seiscentista e a sua Cruz ostenta a imagem de Cristo. Este Calvário era objecto de grande adoração.



Nota: Esta breve nota foi elaborada pela Rute Loureiro, a quem O Indigente agradece desde já a colaboração

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Serração da Velha 2009 - A Tradição ainda é o que era...

Ocorreu no dia 18 do corrente mês mais uma edição de uma das mais antigas tradições Santarenses. A serração da velha.
Os acólitos, diga-se, mascarados a preceito de branco, com a tradicional "padiola", a enxada, sinetas, o reco-reco e as maquinas de sulfatar "deliciaram" as viúvas Santarenses com os seus polémicos e audazes versos ditos por o orador ao centro do cortejo.
O Indigente, tem o prazer de vos adoçar um pouco com aquilo que se passou, e para aqueles que não sabem o que a serração da velha o é.
Esperando que a tradição se repita por muitos mais anos e com a afluência de pessoas que a edição deste ano teve. Como Santarense, acima de tudo, um muito obrigado aqueles que nos vieram proporcionar senão umas das mais concorridas Serrações da Velhas de sempre.


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Serração da Velha - A História....



Esta tradição, muito antiga e de origem pagã, realiza-se na noite de quarta-feira que precede o terceiro domingo da Quaresma, chamado domingo "laetare", por antigamente, quando a missa era celebrada em latim, começar assim o salmo da entrada.
A serração da velha pretende renovar a vida. Grupos de jovens acercam-se das casas dos mais idosos, apontando-lhes os defeitos, reais ou imaginários, intimando-os a deixarem os seus bens e simulando a sua imolação.
Considerados como bodes expiatórios, os velhos são serrados para cederem lugar aos novos.Esta tradição secular assinala o meio da Quaresma e acaba com o enterro da velha, representando o "terminus" do tempo de penitência.
A Serração da Velha continua a ser celebrada, ainda que por vezes sob a forma cristianizada da "Queima do Judas" como em algumas regiões é festejada.
A crença antiga unia a vida à morte num ciclo de perpetuo renascimento, tal como ao Inverno sucede a Primavera.O cristianismo haveria de fazer coincidir a Ressurreição do Senhor com a celebração da Primavera, tal como à data em que ocorriam as saturnais romanas e entre os povos mais antigos tinham lugar os cultos de adoração ao Sol foi atribuído o nascimento de Jesus, sem que no entanto exista qualquer comprovação bíblica.
Apesar de se tratarem de diferentes versões de uma mesma celebração, os ritos da Serração da Velha e da Queima do Judas apresentam extraordinárias semelhanças, a mais importante das quais constitui a leitura do respectivo testamento que,em ambos os casos,é invariavelmente utilizado como arma de crítica social aceite por todos.Tal como o jejum observado por cristãos durante a Quaresma e pelos muçulmanos no Ramadão pretende purificar o corpo e a alma do indivíduo,a crítica subjacente ao "Testamento" lido na Queima do Judas ou na Serração da Velha procura corrigir certos defeitos conhecidos entre a comunidade.
Algumas quadras de exemplo:

"Estamos no meio da Quaresma,
sem provarmos o café.
Vamos serrar esta velha
para o altar de S. José."

ou

"Estamos no meio da Quaresma,
sem vermos nado do teu amor.
Vamos serrar esta velha
para o altar de Nosso Senhor."

"Digo-te adeus, minha avozinha,
nesta noite tão lembrada.
Não tens nada que nos dar,
damos-te uma boa chocalhada."

O padre, homem feito, casado ou solteiro, leva os livros "sagrados" por onde canta os ofícios, com voz que faria inveja a muitas cerimónias da igreja, em coro ou em diálogo, como é costume em ofício de corpo presente e de acordo com o estatuto da velha a serrar:

"Se é rica e tem dinheiro,
faz-se o ofício por inteiro,
se é pobre e não tem nada,
arma-se-lhe uma gargalhada."

Os acólitos, rapazes novos, fazem as exéquias que convém ao ritual,serram os paus, tocam os chocalhos, choram as lágrimas dos netos desamparados;
Em Santar, manda a tradição que os velhos atirem a penicada ao cortejo,respondendo estes com esguichos de água provenientes das antigas máquinas de sulfatar.

Texto gentilmente cedido, pelo, "Tonhé" ao qual o Indigente agradece desde já o ajuda prestada sobre a história de mais uma das grandes tradições de Santar.

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Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Santar - Características

O Indigente tem o prazer de vos aqui mostrar um dos mais belos e elaborado edifícios da nossa vila.
Com uma arquitectura religiosa, maneirista, barroca, rococó e oitocentista, situa-se em enquadramento urbano, erguendo-se recuado em relação à principal via da Vila de Santar.
De planta longitudinal composta de nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, com torre sineira adossada à fachada lateral esquerda, sacristia, anexo e varanda alpendrada na oposta. Fachada principal terminada em empena, de frijo e cornija, rasgada de três eixos de vãos: o central, influenciado pela tratadística de Vignola, composto por portal de verga recta, encimado pela janela da sacada, também rectilínea, ladeada por aletas volutadas e sobrepujada por frontão semicircular interrompido. Fachada lateral esquerda com anexos incaracterísticos, resultantes de uma reforma oitocentista/novecentista, e lateral direita de dois panos, tendo no primeiro, um amplo vão em asa de cesto encimado por varanda alpendrada, disposta em ângulo, com guarda em balaustrada de cantaria, onde assentam colunas toscanas que suportam arquitrave e alpendre; o segundo pano é rasgado irregularmente por vãos rectilíneos, no primeiro piso por duas portas e três janelas jacentes e no segundo, por quatro janelas de sacada e guarda ferro. Interior com coberturas de madeira, na nave em masseira e na capela-mor em falsa abóbada de berço, com silhar de azulejos de estampilha de meados do séc. XIX, de padrão fitomórfico. Nave com coro alto, de madeira, púlpito de talha em branco revivalista neogótica, no lado da Epístola em talha barroca, joanina e do Evangelho neoclássico, com efeito de camarim e retábulos colaterais em talha rococó, de um eixo, que se prolongam revestindo o arco triunfal. Capela-mor com duas tribunas laterais oitocentistas de vão em asa de cesto e guarda de ferro, comunicando com a sala do Despacho, e retábulo-mor de estrutura maneirista, em nicho encimado por tabelas, segundo os esquemas da tratadística de Vignola. Estruturalmente a Igreja influenciou profundamente a Igreja da Misericórdia de Mangualde, construída cerca de um século depois…

in “Município de Nelas – Património arquitectónico”

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terça-feira, 17 de março de 2009

81º Aniversário da Vila de Santar

E já no próximo dia 21 de Março que a nossa Vila completa 81 anos. Como sempre a data irá ser relembrada a rigor,a Junta de Freguesia de Santar organizou o seguinte programa:





Agradecemos já a gentileza da Junta de Freguesia, na cedência do programa e esperamos uma enorme afluência da população num festejo que é de todos os santarenses.

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domingo, 15 de março de 2009

Breves;

(...) a casa Paroquial é ou não da Paróquia?
(...) vejam como cresce o novo bairro das Fontanheiras, parece-lhe bem?
(...) já se faz sentir o cheiro em Casal-Sancho!!!!!
(...) as Azeitonas mudaram de mão!!!
(...) o SCS só tem uma modalidade.

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sexta-feira, 13 de março de 2009

Adro da Misericórdia e Nossa Senhora das Misericórdias

O Adro da Misericórdia é o ponto de encontro de todos nós Santarenses. É, e será sempre assim, creio eu…
Adro esse, que sofreu muitas remodelações ao longo dos tempos, mas que parece ter finalmente encontrado o espaço e a beleza desejado.
Abundante da cor verde, e com a Nossa Senhora das Misericórdias ao centro, e um local que nos transmite, paz e sobretudo, bem-estar.

O espaço merece…

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quarta-feira, 11 de março de 2009

Casa do Soito e Paço dos Cunhas Breve História

Em Santar, a Casa do Soito e o Paço dos Cunhas encerram episódios da história portuguesa e da história local. De utilização residencial e agrícola, o Paço dos Cunhas data do século XVI. Foi doado pelo rei a D. Luís da Cunha, senhor de Sabugosa, Óvoa e Barreiro, proprietário do Casal Bom, em Santar, correspondente ao paço actual. A sua edificação remonta a 1609, aproveitando algumas estruturas do século XV de um paço medieval dos antigos donatários de Senhorim, Óvoa e Barreiro, por D. Pedro da Cunha, casado com D. Elvira Coutinho de Vilhena, senhor da Casa de Santar e donatário dos concelhos do Barreiro, Senhorim e Óvoa, fidalgo da casa de D. Filipe Herdou de D. Pedro da Cunha, falecido em 1620, o segundo filho, D. Lopo da Cunha. Partidário dos Filipes, fugiu para Espanha em 1641 e participou numa conspiração contra D. João IV, o que determinou a confiscação dos seus bens, o desterro em Espanha e, consequentemente o abandono e inicio de ruína do Paço dos Cunhas. Em 1722, o Marques de Bedmar, genro de D. Pedro da Cunha, reclamou os bens para a sua filha e herdeira D. Maria. No inicio do século XX, o Paço dos Cunhas foi comprado por José Caetano dos Reis, pai de Francisco Coelho do Amaral Reis, Visconde de Pedralva, e de Manuel Casimiro Coelho do Amaral Reis, proprietário da casa do Soito, integrando-o na propriedade e reconstruindo parcialmente as antigas cavalariças e a adega. Quanto a Casa do Soito, de arquitectura civil maneirista e barroca pertence, como acima se viu, a família Coelho do Amaral, sendo a sua construção do século XVIII. É baseada no modelo do Paço dos Cunhas, com fachada principal totalmente preenchida de vãos emoldurados com elementos curvilíneos dinâmicos, e cornija que se arqueia acentuadamente ao centro. Jardim com rampas, escadarias, balaustradas, canteiros de buxo, estátua e bancos forrados de azulejos barrocos de figuras avulsas e figurativos. Aqui nasceu, em 1808, Francisco Coelho do Amaral, juiz ordinário e administrador do concelho de Nelas, presidente da Câmara, provedor da Misericórdia de Santar e jornalista. Tomou parte activa ao lado dos liberais na guerra civil de 1828 a 1834, na revolta de 1846 e na campanha da serra da Estrela. Foi eleito deputado em diversas legislaturas e vice-presidente da Câmara de Deputados.

Hoje o Paço dos Cunhas é uma das mais paradigmáticas estruturas do nosso concelho, renascido das cinzas , qual Fénix, retoma novamente o seu lugar de destaque, quer na paisagem arquitétonica da vila, quer na dimensão histórica que ocupa no concelho, enfrentando o ano em que completa 400 anos de historia com uma dinamica bem reinventada, que aponta para os próximos séculos sem medo e com a confiança de quem sabe ter valor. Não sabendo a data correcta da sua fundação e aproveitando o momento O Indigente endereça desde já ao velho Paço os nosso parabéns.


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Casa de Santar

Quem por decerto fala em Santar sem ser Santarense, assemelha certamente o nome de Santar aos vinhos ou ao interesse turístico na Casa de Santar. Irei aqui reportar uma curta história da Casa de Santar... E se há muito para contar...? Bem, se há...
Regressando o Rei D. Afonso II vitorioso da batalha de Navas de Tolosa em 12 de Julho de 1212, assentou arraiais junto ao caminho romano que ligava Seia a Viseu. Desde então, ficaram essas terras a ser conhecidas pelo nome “ Onde o Rei assentou arraiais”, mais tarde Assantar e, por fim a denominação que ainda hoje se mantém, Santar. Passados alguns anos, o Rei D. Sancho II elevou a Senhorio e coutou a Quinta do Casal Bom, hoje Casa de Santar, doando-a um dos seus ricos homens que se distinguira na peleja.
A Casa de Santar possui um vasto património arquitectónico baseado no estilo maneirista, barroco e neoclássico. Solar composto por dois corpos diferenciados, o mais baixo correspondente à construção seiscentista, sendo o segundo corpo do centenário seguinte.
Com um alçado virado para os jardins, com molduras dos vão decoradas, janelas de sacada e loggia. No interior, tectos de madeira, sendo decorado com paneis de azulejo de figura avulsa e figurativos maneiristas, barrocos, pombalinos e revivalistas.
A capela com nave única e abside, separada por teia, é decorada com pinturas, azulejos e retábulo de talha seiscentista.
Na cozinha, forte tipo relicário, com uma cobertura em cúpula sobre quatro colunas toscanas, com tanque quadrangular rasteiro e aletas laterais.
Inicialmente construída em topologia L, no ano de 1678, onde nos dias de hoje se encontra a cozinha velha (datada de 1609) e sacristia, mas tarde acrescentada na parte que se estende até a via pública.
Banhada de belos jardins, apresenta-se sobre uma sequência de buchos que termina num lago do séc. XVIII. Por lá encontrará também um chafariz com a data de 1970, denominado como “Fonte dos Cavalos”, onde estão retratados em azulejos quatros cavaleiros trajados do séc. XVII. Encontra-se também junto ao lago, a extinta mas reavivada Fontinha dos Amores, esta que deposita a sua água corrente no largo lago ali existente!
Em frente á casa, o “Chafariz da Carranca” impõem-se como Brasão de Armas da Casa.
Esta casa foi e é uma referência ao longo dos séculos. Hoje, permite-nos viajar no tempo.
A Casa de Santar é, entre outros, um dos pólos mais atractivos da nossa vila, á qual o Indigente vos convida orgulhosamente a visitarem.

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segunda-feira, 9 de março de 2009

Breves culturais

12. QUINTA FEIRA
12 a 29 - "arquitectos em exposição" exposição

Casa das Artes - Fórum Viseu, 10h00 às 23h00, entrada livre
organização: Núcleo de Arquitectos da Região de Viseu, NARV
apoio: Love Tiles - Novagres

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domingo, 8 de março de 2009

Dia da Mulher

Não devia haver dias especiais. Cada um dos dias devia ser sempre dia da Criança, dia da Mulher, Dia do Homem, dia da Fraternidade e da Paz Universais, dia da Água, dia dos Trabalhadores/as, dia dos Namorados, dia do Ambiente, dia dos Museus, dia da Música, dia do Teatro, dia da Alimentação …. Mas não, há dias «especiais», alguns comercializados, para lembrar aquela ideia, aquela atitude que devia ser tão natural que não fosse preciso lembrá-la em dia especial para esquecê-la logo de seguida.


De qualquer modo no dia 8 de Março é o dia Internacional da Mulher e o Indigente deixa por isso, uma singela homenagem a todas as mulheres.




Aproveitamos para relembrar uma Santarense, mulher extraordinária, de rara inteligência, poetisa da vida que em extrema simplicidade soube usar palavras de peso sobre o amor, ser-se mulher e claro, sobre o ser-se Santarense.

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sábado, 7 de março de 2009

Breves;

(...) até que enfim que já se pode ver futebol no Pimentinha!
(...) o sino da Misericórdia já não toca ás almas?
(...) ouve-se por aí que "O SANTARENSE" vai voltar!!!
(...) dá que pensar, as Bombas outra vez assaltadas!
(...) o multi-associações sai ou não sai?

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sexta-feira, 6 de março de 2009

Santar - a origem do nome

Diz a lenda que, regressando o Rei D. Afonso II vitorioso da batalha de Navas de Tolosa em 12 de Julho de 1212, assentou arraiais junto ao caminho romano que ligava Seia a Viseu. Desde então, ficaram essas terras a ser conhecidas pelo nome “ Onde o Rei assentou arraiais”, mais tarde Assantar e, por fim a denominação que ainda hoje se mantém, Santar.
A verdade é que o nome Santar já aparece em vários documentos históricos desde a reconquista de Viseu por Fernando Magno, em 1034. A história vai -nos oferecendo muitas directrizes ao longo dos anos, como por exemplo, várias menções documentais de que no "reinado de D. João I pertenceriam as terras de Santar a Diogo Soares de Albergaria. "
Um conterrâneo, o nosso querido Armando, tem um trabalho exaustivo e muito completo sobre a origem e história do nome desta Vila no seu blog - "Santarenses". O Indigente aconselha vivamente a leitura deste trabalho de investigação em: http://clientes.netvisao.pt/armcarv/start.htm
Santar - Vila desde 21 Março de 1928, por decreto lei de 21 de Março, é conhecida como a Princesa das Beiras. Uma Vila de extrema beleza e pacatez que conserva até hoje as suas raízes ancestrais nas ruas de casario granítico e no conjunto urbano de traça senhorial, de grande qualidade arquitectónica, aparece defenida na wikipédia com os seguintes dados:

40° 34' N 7° 53' O
Santar é uma freguesia portuguesa do concelho de Nelas, com 12,47 km² de área e 1 156 habitantes (2001). Densidade: 92,7 hab/km². Foi elevada a vila pelo decreto n.º 15 128 de 21 de Março de 1928 decreto n.º 15 128 de 21 de Março de 1928, que também conferiu o mesmo estatuto à freguesia de Canas de Senhorim, no mesmo concelho. Integram a freguesia as aldeias de Casal Sancho e Fontanheiras.
Santar é uma das mais nobres freguesias das medievais da região que conserva as casas de granito e os vetustos caminhos romanos. Trata-se de um importante centro vinhateiro da região do Dão.


Artesanato
Tapete de Arraiolos

Associações

Sporting Clube de Santar
Sociedade Musical 2 de Fevereiro de 1898 - Banda de Santar
Grupo Cultural e Recreativo de Santar
Grupo de Danças e Cantares Regionais " Os Santarenses"
Associação Cultural e Informativa " Os amigos de Santar"
Jornal Santarense
Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Santar


Gastronomia
Coelho à mirra
Migas à lagareiro
Caldo de debulho
Caldo verde
Bola de farinha de milho: sardinha, vinha-de-alhos e chouriço
Bola de farinha de trigo: presunto, queijo, vinha-de-alhos, fiambre e chouriço
Cozido à beira
Morcela
Chouriço
Presunto
Queijo da serra
Feijoada à santarense
Batata a murro com bacalhau assado na brasa
Vinho do Dão


Festas, feiras e romarias
Semana Santa em Santar


Festas
Festa da Vila - 21 de Março - Elevação à Vila
Festa Popular da Vila - Agosto
Aniversário da Sociedade Musical 2 de Fevereiro - Concerto Público
Aniversário do Grupo de Danças e Cantares
Aniversário do Grupo Cultural e Recreativo de Santar
São Pedro de Santar (padroeiro da paróquia)
Semana Santa


Feira
Feira de Santar - último sábado de cada mês


Romarias
Santo António, São João e São Pedro - Junho
São Sebastião
Santa Bárbara
Senhora da Piedade
Santa Luzia - Casal Sancho


Património
Casa do Soito
Casa do Soito e Paço dos Cunhas (incluindo jardim e pomares delimitados por uma cerca)
Igreja da Misericórdia de Santar
Casa das Fidalgas
Casa e Quinta de Santar (Melo Pais do Amaral, depois conde de Santar)


Bibliografia
Santar, roteiro turístico - A. Polónio de Carvalho: Edição Câmara Municipal de Nelas, 2001


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terça-feira, 3 de março de 2009

Abrir Horizontes

O Indigente cumprindo com o seu alinhamento tentará durante o seu primeiro ano dedicar um mês a cada um dos doze temas que entendemos importante trazer a publico, no entanto e porque não somos fundamentalistas e não pretendemos vedar qualquer opinião, como outros fazem, deixamos em aberto todas as intervenções que os nossos leitores queiram poder ver postadas. Basta para isso as enviem para os mail's de qualquer um dos Indigentes.
Será com todo o prazer, que na possibilidade de querermos chamar nomes feios a alguém ou a alguma coisa, como alguns fazem, nos daremos a possibilidade de nos chamarem nomes feios ou bonitos, o que alguns não fazem.Porque temos horizontes abertos e mesmo assim os queremos abrir ainda mais, agradecemos a participação de todos sempre que o achem necessário, não queremos estar fechados no nosso mundo, nem ouvirmos só o eco das nossa palavras.
Ajuda-nos participando.

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Vamos mostrar Santar

Começou o Março e o Indigente parte para um novo ciclo no seu percurso.
Em mês de aniversário, a nossa vila vai ter honras neste espaço que tentará por todos os meios, mostrar uma Santar secular, que guarda dentro de si a honra e o garbo de ser a Princesa das Beiras. Das nossas gentes muito há ainda por contar e por saber, guardado em memórias que devem a todo custo ser preservadas, correndo o sério risco de perdermos , pedaços irrecuperáveis da nossa identidade.
Vem por isso o Indigente mais uma vez pedir a todos que possam ter algo de interesse sobre a nossa vila, que o partilhem com todos os que visitam este espaço, certo de que muitos dos que nos acompanham neste blog, vão por certo sentir-se em casa.
Estamos interessados nas nossas tradições, nas historias que nos definem,nos personagens da nossa terra, das particularidades das nossas gentes, no fundo aquilo porque nos orgulhamos de ser Santarenses, esse estado de espírito que só alguns compreendem.
Tentaremos mostrar ás gerações mais recentes que não devem ter medo de descobrir no passado, o que motivou o presente que hoje temos, contando estórias da nossa terra, que hoje muitos desconhecem.
Também queremos mostrar a Santar do presente,saber que projectos para o futuro, conhecer as expectativas das pessoas e as suas necessidades, o que mudariam se pudessem, são questões que não nos inibiremos de tentar encontar resposta.
É pois mais uma tarefa que cabe a todos nós, a obrigação de partilhar com todos, o que durante estas semanas formos conseguindo apurar.
Já agora, como membro da equipa do Indigente aproveito para dar as boas vindas a mais um colaborador que decerto se irá privar de um pouco do seu tempo pessoal, para dar uma mão a este projecto. Todos somos poucos para fazer algo diferente pela nossa terra, por isso desejo-te boas vindas á equipe d'O Indigente.

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Santar – “Principado das beiras”



Terminado o mês de Fevereiro, ao qual o Indigente dedicou exclusivamente á Sociedade Musical 2 de Fevereiro, inicia-se Março, mês do inicio da Primavera e curiosamente da comemoração do 81º aniversário da elevação de Santar a vila.
Santar foi elevado a vila no dia 21 de Março de 1928, dia esse, que coincidiu com a elevação da freguesia de Canas de Senhorim ao mesmo estatuto.
O Indigente irá dedicar o corrente mês de Março á nossa maravilhosa vila.
Agradecia-mos a quem tivesse documentos ou fotos de todo o nosso passado, que enviasse para qualquer um dos colaboradores deste espaço.
Tenham um Março feliz, e que esteja bom dia para a comemoração de mais um aniversário!

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