quarta-feira, 11 de março de 2009

Casa de Santar

Quem por decerto fala em Santar sem ser Santarense, assemelha certamente o nome de Santar aos vinhos ou ao interesse turístico na Casa de Santar. Irei aqui reportar uma curta história da Casa de Santar... E se há muito para contar...? Bem, se há...
Regressando o Rei D. Afonso II vitorioso da batalha de Navas de Tolosa em 12 de Julho de 1212, assentou arraiais junto ao caminho romano que ligava Seia a Viseu. Desde então, ficaram essas terras a ser conhecidas pelo nome “ Onde o Rei assentou arraiais”, mais tarde Assantar e, por fim a denominação que ainda hoje se mantém, Santar. Passados alguns anos, o Rei D. Sancho II elevou a Senhorio e coutou a Quinta do Casal Bom, hoje Casa de Santar, doando-a um dos seus ricos homens que se distinguira na peleja.
A Casa de Santar possui um vasto património arquitectónico baseado no estilo maneirista, barroco e neoclássico. Solar composto por dois corpos diferenciados, o mais baixo correspondente à construção seiscentista, sendo o segundo corpo do centenário seguinte.
Com um alçado virado para os jardins, com molduras dos vão decoradas, janelas de sacada e loggia. No interior, tectos de madeira, sendo decorado com paneis de azulejo de figura avulsa e figurativos maneiristas, barrocos, pombalinos e revivalistas.
A capela com nave única e abside, separada por teia, é decorada com pinturas, azulejos e retábulo de talha seiscentista.
Na cozinha, forte tipo relicário, com uma cobertura em cúpula sobre quatro colunas toscanas, com tanque quadrangular rasteiro e aletas laterais.
Inicialmente construída em topologia L, no ano de 1678, onde nos dias de hoje se encontra a cozinha velha (datada de 1609) e sacristia, mas tarde acrescentada na parte que se estende até a via pública.
Banhada de belos jardins, apresenta-se sobre uma sequência de buchos que termina num lago do séc. XVIII. Por lá encontrará também um chafariz com a data de 1970, denominado como “Fonte dos Cavalos”, onde estão retratados em azulejos quatros cavaleiros trajados do séc. XVII. Encontra-se também junto ao lago, a extinta mas reavivada Fontinha dos Amores, esta que deposita a sua água corrente no largo lago ali existente!
Em frente á casa, o “Chafariz da Carranca” impõem-se como Brasão de Armas da Casa.
Esta casa foi e é uma referência ao longo dos séculos. Hoje, permite-nos viajar no tempo.
A Casa de Santar é, entre outros, um dos pólos mais atractivos da nossa vila, á qual o Indigente vos convida orgulhosamente a visitarem.

1 comentários:

Catarina Pereira 30 de março de 2009 às 17:03  

Parabéns a casa de Santar fez parte do programa do Luís de matos na rtp1, sem duvida que a dão sul desenvolve o nome de Santar isto chama se enoturismo. Fantástico

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