quinta-feira, 26 de março de 2009

Protocolo com Associações de Santar

No passado Domingo dia 22 de Março foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Nelas, a Junta de Freguesia e algumas das associações santarenses, pelo menos aquelas que não possuem sede própria. Tal facto enche-nos de alegria pelo passo dado, mas não deixa no entanto de causar alguma perplexidade, quando lendo o protocolo, nos deparamos com algumas alíneas que não compreendemos na totalidade.
Não querendo tecer juízos de valor sobre as motivações e o interesse deste documento, pois acredito na boa fé de todas as partes envolvidas, deixo ao critério dos leitores d'O Indigente a sua análise, acreditando que a discussão publica pode acrescentar algo de diferente.Gostaria no entanto de esclarecer que as duvidas que possam surgir não devem ser entendidas como forças de bloqueio, à construção de uma estrutura que em Santar só peca por tardia.




18 comentários:

Catarina Pereira 27 de março de 2009 às 01:04  

só politica escrita e muito pouca acção abraço

Anónimo,  27 de março de 2009 às 12:42  

Será que algum dia este protocolo irá ter provas no terreno? É difícil acreditar mas como Santarense espero bem que seja uma realidade. Um abraço a todas as associações de Santar

Anónimo,  27 de março de 2009 às 14:46  

Boa Tarde meus caros conterrâneos:

Ao iniciar este comentário não sei se terei coragem para comentar este documento (que tem escrita a palavra de protocolo), na sua totalidade.

De facto é dos documentos mais pobres (protocolarmente falando) a que tive acesso e de uma vil traição às esperanças de gente boa que quer tudo de bom para Santar.

Efectuam uma abordagem mal intencionada aos desejos das povoações e depois fazem um escrito, em dia de aniversário, com pompa e circunstância em que:
• Primeiro parágrafo – A CMN e a JF fazem um protocolo dado que “PRETENDEM” construir um edifício para todas ou “QUASE TODAS AS INSTITUIÇÕES”.
Estão a ver porque é que já me estão a faltar as forças para ler tão execrável texto que denota uma falta de respeito por qualquer pessoa – que saiba ler ou não. Porque não é o facto de saber ler ou não que define um mentecapto!

• Veja-se que apenas merecem que o seu nome conste do documento os digníssimos Presidente da Câmara e do Presidente da Junta. Os outros são meros dirigentes dos organismos. Ora, que eu saiba, qualquer um dos omissos representantes das instituições são-no (representantes), legitimamente, há mais tempo do que qualquer um dos superiormente referidos nominativamente.

• O primeiro outorgante compromete-se a ceder “APÓS RATIFICAÇÃO DO EXECUTIVO”!!!! Então mas não deviam estar já legitimados pelo (seu) executivo para efectuar este protocolo? Então e se ralharem as comadres – outra vez – dentro do executivo e forem apreciados os arrazoados deste documento e alguém não queira passar pela vergonha de assinar um texto destes? Então a culpa … bom a culpa já não é da Isaura nem do João!

• Então a que propósito é que se refere a Santa Casa da Misericórdia, como um impositivo no final do documento, se não é parte interveniente no endereçamento do protocolo. Será que a Misericórdia aceita – a cru – esta benevolência, ou, como penso ser justo, pretenderá também apresentar das suas razões no momento da retoma da sua propriedade?

Com o devido respeito, que é o meu maior respeito, pelas legítimas necessidades (mais do que ambições) da nossa terra, este documento faz-me lembrar a velha história: “A MONTANHA PARIU UM RATO”.

Obrigado aos Indigentes!

Catarina Pereira 27 de março de 2009 às 16:10  

Ano de eleições a promoção já começou, pelo contrário de antigamente ano de eleições ainda se fazia alguma coisa, agora assinam protocolos mas acção nenhuma cumprimentos.

Titá 27 de março de 2009 às 16:23  

No inicio, entusiasmei-me quando li o título deste post.
Depois fiquei céptica quando li o documento. Como Jurista que sou de profissão, naturalmente surgiu de imediato uma análise crítica, da qual como muito boa vontade, ressalto somente três pontos, porque são flagrantes:
1- “pretender” e “quase” não são palavras que se usem em documentos legais. Sejam eles contratos ou protocolos. São palavras que de jurídicas nada têm e, como devem calcular, não são de todo vinculativas.Com muito boa vontade podem ser uma expressão de intenções, vontades, mas não de obrigações
2- O facto do documento referir que a intenção está ainda sujeita a ratificação do executivo, revela mais uma vez que não há vinculo. Há uma vontade, que tardiamente, em sede de ratificação pode deixar de existir, portanto.
3- Para espanto, aparece no final deste documento um beneficiário, que não consta como outorgante. Será um acordo de intenções unilateral? Para já, são tudo intenções e só a conclusão do documento revela um vinculo. Vinculo este para com uma parte que nem faz parte do próprio documento. Confuso não?

Para concluir, confesso que estou triste, decepcionada e até revoltada porque detesto quando se passam atestados de incompetência e quando se arrogam à esperteza de uns e à estupidez de outros.. MAS não quero ser mais um “ Velho do Restelo”, vou portanto fazer um esforço para acreditar na boa fé de todos os envolvidos e aguardar, com ansiedade e curiosidade, o aparecer dos primeiros sinais de concretização.

Escusado será dizer, que obviamente torço para que a minha análise esteja errada e para que tudo o que daqui se espera, de facto se concretize.

Deus queira que não estejam a atirar a areia para os nossos olhos, Santarenses.

Anónimo,  27 de março de 2009 às 17:30  

O comentário da Titá vem confirmar o que algumas pessoas mais atentas sabiam! A forma como estas pessoas tratam as questões legais. Quem assistiu a algumas Assembleias de Freguesia sabe perfeitamente das trocas de datas de Assembleias para meses em que elas não poderiam ser feitas, só porque os da cor não poderiam estar presente e não fosse a oposição efectuar uma moção de sensura! Os membros da Assembleia que faltam injustificadamente e mesmo assim, e contra o regimento da mesma, não são excluidos e substituidos como deveria ser! Democracia, Direito, Justiça e Seriedade não são predicados que abundem para o lado destes senhores, ao contrário a Prepotencia, a Vaidade, o Cinisno e falta de vergonha, já eles têm de sobra! Propaganda foi aquilo a que assistimos mais uma vez, aliás ela está presente em tudo o que tenha o selo CMN.

Anónimo,  27 de março de 2009 às 18:26  

Concordo com a maioria dos comentários anteriores, ao referido protocolo.
Também será que todos os "dirigentes" associativos que assinaram o protocolo, estão devidamente eleitos pelos sócios das respectivas associações?!
Este protocolo não deveria ser posto á discussão dos sócios em Assembleia Geral?!
Como vão as colectividades angariar fundos, se não os há para o seu dia a dia? Apoios oficiais estarão por ventura fora de questão, pois a propriedade não é das associações, logo não vejo o Minsitério da Cultura, INATEL. etc., a darem apoios.
Quanto ao edificio agora ocupado pela CVP, SM2F e G Cultural, as condições da sua entrega á Misericórdia, já estão definidas na escritura publica do edificio, se não estou em erro deixando aquelas colectividades de ocupar o espaço este regressa á Misericórdia, não sendo preciso mais que isso.
Para finalizar, vamos ver se estas "intenções" não são mais um tiro nos pés...

Catarina Pereira 27 de março de 2009 às 20:28  

o mais grave é a falta de assinaturas.lol

Dr Sarilho,  27 de março de 2009 às 21:30  

Este blogue foi efectivamente um dos melhores acontecimentos dos últimos anos em Santar. Para quem pensava que mais uma vez os senhores cá da terra eram detentores de toda a verdade, fica aqui a prova que isso é pura ilusão, deles claro, pois o que temos vindo a assistir neste espaço é uma verdadeira demonstração que Santar tem gente com muita capacidade critica, muitas ideias e muita vontade de mudar o "status quo". Ainda por cima quando se aproximam tempos de grande discussão, pelo menos eu espero que assim seja! Vamos ver se Santar consegue de uma vez por todas libertar-se do colete de forças em que vive à muito anos, dominado por um pensamento mesquinho e baixo onde os interesses individuais se sobrepõem aos interesses colectivos! Obrigado Indigentes por proporcionarem este espaço, e que a voz não vos doa nunca, neste caso as mãos a teclar, para que a discussão sobre esta terra magnifica não se resuma a futilidades!

Também por cá,  27 de março de 2009 às 23:05  

Pois é também por cá estou e sempre estive e para começar quero saudar os indigentes por esta iniciativa, parabéns é de facto um bom trabalho.
Mas como todos os bons trabalhos que se iniciam nesta terra não têm uma vida muito longa, pois é característico dos santarenses criticarem, e mesmo derrotarem, sem serem capazes de fazer melhor. Espero que o mesmo não se passe com este espaço, é bom que continue a exercer esta dinâmica positiva.
No entanto não deixo de concordar quando se fala na beleza de santar, é de facto uma terra bastante bonita com potencial para grandes dinâmicas e para instalar muita iniciativa e criatividade, grave é quando tudo não vai além de protocolos e de festividades. Afinal o que vai ser feito em primeiro lugar a dita obra para as associações ou o museu dos vinhos?
Não vos parece muita parra e pouca uva? Ou estará mais uma vez a aplicar-se o adjectivo que caracteriza os santarenses de "basófias"?
Ó meus amigos à obras tão pequenas para serem feitas e não se fazem ou ficam incompletas e vêm vocês com protocolos e promessas.
Por cá continuarei se Deus quiser, para ver o cumprimento do protocolo.

OLHOVIVO 28 de março de 2009 às 01:18  

Pois é, parece que o post do Indigente relativo ao recentemente assinado protocolo para a construção de um Edifício Multiusos em Santar está a gerar opiniões, o que segundo a opinião do autor era o objectivo principal, sendo assim emito também a minha.
Pelo que me é dado a conhecer nas poucas páginas deste documento, fico com a ideia de um perfeito vazio de intenções, sinto que este documento é uma operação de cosmética eleitoral que, ainda por cima,se esborratou.
Não é possível que este documento assinado pelas associações, Junta de Freguesia e CMN esteja de todo vazio de intenções, o que se verifica é que ele está de facto cheio, cheio de intenções propagandisticas e eleitoralistas, mas como alguém aqui já disse, não queiram atirar areia para os olhos dos santarenses, pois como se pode ver pelos comentários expressos eles não são parvos.
Antes pelo contrário, cada vez mais acredito que os santarenses são dos cidadãos mais esclarecidos do concelho, tendo até agora evitado misturarem-se com o lodaçal da politica do concelho, mas como em todas as coisas, há sempre um tempo para dizer basta.
acho pois que é chegada essa hora, basta de tentarem iludir as nossas gentes, é hora de mostrar a alguns "inteligentes" que estamos fartos, fartos de ser a sala de visitas do concelho em tempo de eleições, que depois fica fechada e a ganhar pó durante quatro anos.Queremos de facto um Multiusos porque a ele temos direito, porque temos associações activas e com um papel na cultura e no lazer do concelho de Nelas, temos a nossa identidade própria e não abdicaremos dela.
O esquecimento crónico a que fomos devotados nos últimos 20 anos de politica concelhia não se apaga com uma rotunda, necessária é certo, e meia dúzia de passeios.Não queremos processos de intenções protocolados, queremos sim obras efectivas, concretas e a que possamos dar uso. Para finalizar num comentário anterior fala-se do Museu do Vinho , obra emblemática que nas palavras da Sra. Presidente a quando da sua apresentação, era para ser começado em Janeiro de 2009 o que é certo é que já estamos no fim de Março e de obras nada, mexeu-se nos últimos dias nesse espaço, e segundo dizem os rumores desmanchou-se uma das edificações de pedra com a intenção de levar alguma para as obras do Cristo Rei em Vilar-Seco, isso não aconteceu e felizmente há pessoas atentas que não vão deixar tal acontecer. Abram os olhos santarenses.Por ultimo os meus cumprimentos aos Indigentes pelo espaço , inteligente, aberto e democrático que conseguiram criar na nossa terra, bom trabalho. Obrigado

Carlos Neves 28 de março de 2009 às 14:46  

Sem duvida que neste momento o Indigente cumpre um dos principais objectivos a que se propôs, fomentar a discussão em torno de Santar. E não há duvida alguma que Santar possui muita e boa gente com capacidade para pensar e com espirito critico capaz de contribuir e muito para o desenvolvimento da nossa terra. Na minha opinião, e independentemente do protocolo, ou seja lá o que isso for, parece-me a mim, que mais uma vez, assistiremos a um claro esbanjamento de recursos, senão vejamos. A junta de Freguesia investiu uma quantia assinalável, pelo menos nesse tempo assim era, na aquisição do edificio da antiga Bogaria, com o intuito de ai ser erguido o Espaço de Interpretação Museológica do Vinho e da Vinha, assim se chamaria e assim foi baptizado aquando da elaboração do projecto. O então executivo da Junta organizou uma sessão pública para o mesmo ser apresentado e discutido por todos os Santarenses, ao qual pouca gente compareceu. Esse projecto previa que o espaço tivesse a dinamica suficiente para que fosse utilizado pelas Associações de Santar, o que para mim não seria dificil, bastaria gerir os espaços e o tempo de forma eficaz! Hoje, pouco se sabe de concreto o que será esse espaço e quais os objectivos a que se propõe. Sabe-se que foi apresentado em mais uma cerimónia pomposa mas não me recordo de o mesmo ser discutido, nem em Assembleias de Freguesia nem tão pouco em sessões públicas especificas para o efeito. Parece claro que não existe uma politica concreta nem tão pouco eficaz que consiga rentabilizar e optimizar investimentos, e isso para mim ultrapassa e de longe a discussão em torno do protocolo ser bem escrito, de ter sido assinado condignamente ou de vir a ser concretizado ou não. Reconheço que algumas Associações de Santar necessitam de um espaço melhor do que o que têm neste momento, nomeadamente e concretamente a Sociedade Musical 2 de Fevereiro, no entanto não vejo que fosse necessário este projecto que considero carregado de magalomania pelas razões que atrás enunciei e concretamente em relação à possibilidade do espaço destinado ao “Museu” ser suficiente para poder ser utilizado pelas Associações, que poderiam, e deveriam até, participar na sua gestão e no desenvolvimento de diversas actividades . Pode ser que me engane, mas a montanha vai mesmo parir um rato, até porque, depois de ler o texto a que chamam protocolo, a unica coisa que me parece que vai acontecer é a elaboração de um projecto, no papel, bonito e mais uma vez propagandista. Oxalá me engane.

Anónimo,  29 de março de 2009 às 15:51  

A MONTANHA PARIU UM RATO!!!
PROTOCOLO DE LEITURA PAUPÉRRIMA!!!
PURA CAMPANHA ELEITORAL!!!

ESTA NAS MÃOS DA CMN E JF PROVAREM O CONTRARIO,NEM AS ASSOCIAÇÕES QUE DE ALGUMA FORMA DEPENDEM DELES OS PERDOAM,CUIDADO ELES ESTÃO LÁ PARA COBRAREM O PROMETIDO.

UM SANTARENSE.

Anónimo,  1 de abril de 2009 às 12:55  

!!!Não é mentira!
Tribunal de Nelas condenou o SCS condenado a pagar dívida a ex-massagista(Março e Abril/2008),olha se a moda pega para os jogadores!

Santarense atento

OLHOVIVO 1 de abril de 2009 às 22:40  

Não sei se é mentira ou não, mas se não honrou um compromisso tem de pagar, o SCS não está acima de nada , nem de ninguém. Sabe-se qual o resultado das coisas quando chegam a tribunal? Claro que se vai sempre pagar muito mais do que se deveria pagar. Não é um indicador de boa gestão, mas infelizmente são poucos os indicadores de boa gestão que venham daqueles lados. Ficamos pois no que nos parece, o SCS é de facto um clube rico.

Anónimo,  2 de abril de 2009 às 00:35  

Caro "OLHOVIVO" era bom que fosse mentira,pois o clube ficaria com mais dinheiro,mas o que escrevi é pura verdade,tal como disse é um clube muito rico,como adepto fico triste que isto aconteça,os seus dirigentes deviam ter mais respeito pela instituição que dirigem.

Santarense atento

MANUEL HENRIQUES 2 de abril de 2009 às 20:29  

É com prazer que descubro o indigente dos nossos "vizinhos" de Santar.
Saudações

Tiago Sampaio 3 de abril de 2009 às 00:07  

@ Manuel Henriques

Seja muito bem vindo e volte sempre que desejar.

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