sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Poesia e Queijo Serra da Estrela

A poesia de Manuel Cid Teles pode ser degustada com queijo Serra da Estrela. Os sentidos mantém-se alerta para saborear estas duas pérolas da região.
È com esta premissa em mente que a Associação Para a Promoção da Região do Dão organiza mais um jantar temático.
Deste modo irá também procurar colaborar na eleição do Queijo Serra da Estrela DOP, como uma das 7 Maravilhas Gastronómicas de Portugal.
Este evento irá realizar-se no próximo dia 8 de Julho, pelas 20h00 na Casa Museu Cabral Metello em Oliveira do Hospital.
A APRDÃO conta com a colaboração e parceria do Município de Oliveira do Hospital e Escola Secundária de Oliveira do Hospital, bem como de todos os seus associados e amigos.
Contamos com a sua presença, vamos eleger um produto da nossa região como uma das 7 Maravilhas Portuguesas da Gastronomia.
As inscrições poderão ser efectuadas, até ao final do dia 06 de Julho, para o email da APRDÃO

2 comentários:

Isabel Tavares,  2 de julho de 2011 às 15:35  

Meu caro amigo António Neves, não posso dizer-lhe que só hoje aqui vim e li o seu post relatvo à degustação do queijo da Serra da Estrela. Mentiria se o fizese. Já o li algumas vezes.
Sabe, táo bem como eu e como qualquer Beirão, que não necessitamos da poesia de nenhum poeta, por muito respeito que nos mereça, para saborearmos um produto beirão, serrano, e além de serrano terei que salientar que a serrania de tão belo comestível, é, nem mais nem menos, a Serra da Estrela.

Quem em Portugal, não conhece tão bela montanha? Quem em Portugal desconhece que o maravilhoso pastoreio da nossa tão querida serra beirã, serve os nossos ovinos e caprinos e que é, por via dessa alimentação e do trabalho artesão dos nossos serranos pastores, que pudemos, nós e muitos outros seres de países vários, deleitar-mo-nos com tão precioso alimento?
Todos, meu amigo, todos quantos citei sabem, porque o palato nada tem a ver com a poesia, o grande valor calórico, nutritivo e saudável pelo que atrás disse relativamente a alimentação destes animais nobres, que fecundam e nos dão a nós seres racionais, o maravilhoso paladar do produto a que puseram o nome "queijo da serra".
Meu caríssimo Amigo António, só faço este comentário, para enaltecer o seu empenho na divulgação da APRDÃO, porque o nosso queijo da serra é mundialmente conhecido, e se não é consumido na quantidade que todos nós desejaríamos é porque o seu preço é demasiadamente incomportável para a grande maioria das bolsas daqueles que não podendo comprá-lo só podem mirá-lo e ficar imaginando como seria bom provar tamanha iguaria.

Não sou empresária e desse mister nada sei. Sou consumidora e enquanto tal e apesar de não sentir dificuldade em comprar um quarto desse produto, a grande maoiria dos estabelecimentos que comercializam o queijo da serra, vende-o por unidade o que é comprensível. Porém quero deixar-lhe uma questão e que é a seguinte:

A APRDÃO já equacionou exportar o produto a um preço razoável de forma a que aqueles que são apreciadores do queijo da serra, possam, além fronteiras, levar para sua casa um produto de primeira qualidade a um preço competitivo?
Talvez a nossa economia ganhasse algo com essa decisão e muitas mais pessoas espalhadas por esse mundo fora, consumissem em quantidades bastantes razoáveis, o nosso tão amado queijo da Serra sem necessidade de ouvirem poesia mesmo que essa poesia viesse do nosso tão amado Luís de Camões.

Exporte-se o nosso maravilhoso queijo da serra para todo o mundo sem poesia, porque a única poesa que os potenciais consumidores desejam ouvir acerca deste produto, é o som seu preço

Um abraço da
Isabel

Carlos Liberto,  3 de julho de 2011 às 13:58  

Sra Isabel Tavares
Sou um contumaz palpiteiro e, como tal, tenho algo a dizer.
Como sempre muita oportuna e lógica a sua argumentação. Estou inteiramente de acordo: mais ação (de preferência, sem poesia, pois tem muito “fazedor” de queijo adulterando o produto) na salvação do já famoso nome: Queijo da Serra da Estrela.
Estão elitizando o nobre e saboroso produto, já basta o preço!
Entendo ser necessário discutir como preservar e padronizar o fabrico artesanal e como apoiar os pequenos produtores para aumentar a produção, mantendo as características do produto.
É importante conversar com os pastores da Serra da Estrela e inteirar-se dos problemas deles. Há uns anos atrás, soube que estavam com dificuldade em pastorear os rebanhos na Serra, pois começavam a ser restringidos os espaços onde eles podiam colocar as ovelhas.
Valorizado o nome, Queijo da Serra da Estrela, mais mercados surgiriam. Falta, no momento, proibir que se rotulem de QSE, queijos adulterados, sem qualidade genuína. Ao visitar Santar, eu tenho dificuldade em comprar, no mercado da região, queijo de boa qualidade.

Cumprimentos do amigo santarense
CAL

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