Não ?

Num qualquer dia, num qualquer café ouvi, relativamente a aves: “Olham-nos de lado, como se perguntassem o que vamos fazer-lhes. É simples: matá-las é a resposta, não sabemos fazer outra coisa” –ao início tudo era casto, agora despeja-se de tudo…
Agora que as horas me passam despercebidas que as tenho por minha conta vim aqui perguntar:
__ A individualidade, a auto-determinação, a saúde mental, o auto-conhecimento, a lucidez, a independência, a liberdade?!
Com o Carlos Paredes e a sua “Raíz” atrás, atrevo-me a escrever neste espaço. E, vejamos que escrever aqui não é para mim um acto fácil que se faça numa qualquer hora; requer cuidados como que se numa redoma estivesse. E penso, para mim, que deverá assim ser sempre que de algo importante se trate.
A sensibilidade não são letras, não são alusões teóricas evidentes de personagens literatas, de intelectuais sublimes – há valores que se erguem acima de tudo isso.
Portanto escrevo, e não chamo a isto “apelo”, porque não me sinto no direito de apelar ao que quer que seja, antes constato como Indigente (que tenho prazer de ser), o meu progressivo aborrecimento com a maldade que aqui cresce. Tenderá a História do Mundo progressivamente para o mal?
Parece-me que grande percentagem dos comentadores que aqui se deslocam vêm com o único intuito de pôr em causa as ideologias que originaram este espaço.
“Construir em vez de combater” como postou o companheiro Carlos Aurindo. Deixou de se construir aqui… surgem inoportunamente nomes conhecidos e desconhecidos, piadéticos e despercebidos que corroem qualquer construção.
A inteligência não existe como una, não vem das letras, dos títulos… vem da educação, vem da convivência com os outros, dos valores que nos passam. E não, a História do Mundo não há-de tender sempre para o mal, e sim, a liberdade existe – tendo limites e sobriedade capaz de discernir uma critica de uma bajulice pegada como as que aqui se encontram, cada vez mais frequentemente.
__“matá-las é a resposta, não sabemos fazer outra coisa…”
__Não?