PUM PUM !
Eis que vemos finalizada mais uma feira do Vinho (de Nelas)… e durante estes três dias em que não resisti a tomar presença naquele que é um dos eventos que mais caracteriza e dinamiza a nossa região, fui pensando…
Dizia a Sra. Dra. Isaura Pedro, na abertura da Festa, “bem vindos ao Coração do Dão”… não tive coragem para me levantar e perguntar “AH?”.
Porque afinal algumas das revindicações Canenses têm razão de ser… e cabe ao Povo acabar com esta corrente que “puxa” para Nelas o que é de mais costumado e mais precioso a algumas freguesias, como se a comunidade Nelense tivesse fundo histórico, essência para acolher determinado tipo de evento que não tem aí o seu berço. Por isto são “meios-eventos” ou “eventos de fachada”.
O coração vitícola, o coração histórico, o Coração do Dão é Santar! Somos nós donos de Solares, do grande e famoso vinho, das paisagens que o criam e até do enoturismo do ano… pergunto eu: o que tem Nelas?! Que estofo tem Nelas?!
Nenhum. É mais um erário, porque sim!
Não podendo apontar o dedo ao actual executivo camarário, porque afinal só deram continuidade ao que algum desconhecedor deliberou peço, Meus Senhores, trata-se de uma questão de dividendos. As pessoas têm que falar em Vinho do Dão e lembrar-se de Santar e não de Nelas… porque Nelas não tem história, não tem secularidade de tradição vitícola… porque Nelas como não tem um Carnaval autêntico, também não tem uma Feira do Vinho autêntica. Santar é a entretela exemplar para esse evento e, modéstia à parte, é mais bela, mais autêntica, mais valiosa e preciosa do que Nelas algum dia será, (por mais eventos de que seja palco)
Espero que no próximo ano os foguetes, PUM PUM, estalem aqui!
31 comentários:
http://forumsantarense.blogspot.com/
Minha querida Rute, lendo o teu post, fico abismada pelo pouco conhecimento que tens do patrocínio que a CMN vem, desde há mais de vinte anos, dando à Festa do Vinho.
Já tenho aqui lido algumas vezes que Santar é que é o coração do Dão. Eu gostaria de acreditar nisso, mas em 66 anos de idade, nunca vi, nem ouvi festejarem a festa do vinho em Santar.
E digo isto, porque a minha experiência de funcionária pública, agora aposentada, sempre o Min.Agric. - não o de agora, infelismente -, patrocinavam e mandavam a Nelas os seus representantes para a dita festa, eu própria, fui uma das pessoas que acompanhou a delegação do INGA, a Nelas.
Tens razão ao citares os solares vinhateiros sitiados nesta nossa bendita Santar, porém, há outras regões dentro do concelho que também produzem óptima qualidade de vinhos, eles também do Dão.
A Casa de Santar, talvez tivesse, em tempos idos, sido a única a produzir vinhos de raíz santarense, porque os hectares de vinha que detinha e agora aumentou, lhe davam o poder de produzir e comercializar genuinamente vinhos de SANTAR.
Hoje há mais casas a produzir o precioso nectar com o rótulo de Santar, mas...(...)?
Portanto, considero que efectivamente, Santar seria por direito próprio o maior produtor de vinhos da Região Demarcada do Dão, porque talvez seja a mais antiga e com maior área de cultivo da vinha demarcada, mas muitas outras há neste nosso concelho e até distrito, porque a Demarcação estende-se por variadas áreas, o que para mim não tem uma explicação muito plausível porque desde muito pequena que ouço dizer que a RDD é todo aquele vinhedo que se situa nas encontas do Rio Dão.
Infelizmente, hoje já pouco resta dessa enconsta vinhateira, tristemente, quando venho de Viseu em direcção a Santar, chego ao alto de Oliveira de Barreiros olho em frente e o que vejo? Não te vou dizer o que vejo, porque tu tens melhor vista do que eu que, por ser velha, posso ter algumas cataratas e confundir mato com videiras.
Eu até compreendo que a Presidente da CMN tivesse, no calor da recepção com que estava a saudar todos os presentes, dissesse que Nelas é o coração do Dão, numa afirmação mais ampla, dessa mesma afirmação, eu não diria assim, mas chamaria, como a Presidente chamou, a mim os louros da Festa.
Muita coisa se tem afirmado sobre as potencialidades de Santar, mas temos que reconhecer que são apenas falácias, até mesmo quanto apodam Santar de Princesa do Dão.
Alguém tinha que chamar a si, estas festividades, já que os Senhores Morgados de Santar nunca o fizeram, alguém tomou a iniciativa, e não, como tu bem dizes, foram os detentores do solo que mais produz a marca, mas tal como a CMN, tu ou outrém, farias o mesmo se com isso daí te adviessem proveitos.
Oxalá tu ainda possas um dia fazer como D. Pedro que, nas margens do rio Ipiranga soltou o grito da Independência do Brasil, só que no presente caso será o grito da Independência da naturalidade do "Coração do Dão".
Uma abraço Amigo da
Contestatária
Eu gostaria de estar errada nestas minhas afirmações, e nunca desejei tanto que alguém me provasse o meu erro, será que terei tempo ainda de ver essa correcção?.
Sabes uma coisa? Ouvi dizer que durante esta semana virá a Santar uma equipa da RTP para fazer uma reportagem no Paço dos Cunhas e pediram que, se houvesse alguém em Santar que se dispusesse a fazer a narração acerca de Santar - mesmo que resumida - ninguém apareceu a oferecer um pouco da sua sabedoria acerca daquela que está nos nossos corações, mas só nos corações, porque se a noss boca se cerra, o nosso coração pode rebentar de desejo de falar, mas falta-lhe o "microfone".
Eu não que já corro contra o tempo, mas os meus vindouros vão ter que sair do marasmo em se acomodaram, se querem ver Santar alcandorado no cimo da encosta do Dão.
PS. Peço desculpa, mas sucedeu qualquer coisa que não sei explicar, mas o texto ficou separado e deixou para depois da despedida três § que pertencem ao corpo do texto.
Peço que os leitores tenham isso em consideração. O texto acaba apenas com a saudação que faço à nossa querida Rute.
Contestatária
PS. Peço desculpa, mas sucedeu qualquer coisa que não sei explicar, mas o texto ficou separado e deixou para depois da despedida três § que pertencem ao corpo do texto.
Peço que os leitores tenham isso em consideração. O texto "Oxalá.........................(..)"com a saudação que faço à nossa querida Rute.
Contestatária
PS. Peço desculpa, mas sucedeu qualquer coisa que não sei explicar, mas o texto ficou separado e deixou para depois da despedida três § que pertencem ao corpo do texto.
Peço que os leitores tenham isso em consideração. O texto "Oxalá.........................(..)"com a saudação que faço à nossa querida Rute.
Contestatária
PS. Peço desculpa, mas sucedeu qualquer coisa que me escapa.
Assim os três últimos § vêm antes do "Oxálá (...)" que este sim é o que termina a minha intervenão.
Obrigada
Contestatária
PS. Peço desculpa, mas sucedeu qualquer coisa que me escapa.
Assim os três últimos § vêm antes do "Oxálá (...)" que este sim é o que termina a minha intervenão.
Obrigada
Contestatária
PS. Peço desculpa, mas sucedeu qualquer coisa que me escapa.
Assim os três últimos § vêm antes do "Oxálá (...)" que este sim é o que termina a minha intervenão.
Obrigada
Contestatária
Caramba, hoje a Internete está mais senil do que eu!?
Eu não escrivi tantas correcções(?) e quando vim ver se uma das minhas duas correções tinha seguido aparecem-me sete. Francamente, não é só a Presidente da CMN que assaca louros, mas a própria informática gosta de nos pregar partidas.
Contestatária
Em conversa com um responsável da Dão-Sul, a RTP pediu a cedência do espaço do Paço dos Cunhas para a emissão da "Festa das Vindimas 2009", que será dedicada á região das beiras - Bairrada e Dão.
Já solicitei informação á RTP, para saber se a emissão é totalmente emitida de Santar ou apenas alguns directos.
Como diz a Contestatária, também eu fico admirado, por um evento desta envergadura - estamos a falar de cerca de 6 horas de programa - e quase ninguém em Santar sabe o que se vai passar.
Como saio do trabalho para o intervalo de almoço ás 12h00, ainda vi cerca de 20 minutos do programa de hoje, dedicado á Península de Setúbal, onde estavam presentes as actividades da região (culturais, comerciais, etc.), pelo que me dá a entender em Santar vai ser igual a zero, pois não sei de alguém que tenha sido contactado para participar no programa (colectividades, produtores, etc.)
@ Contestatária
O erro informático deve ter sido derivado a erros do blogue, pois au vi-me e desejei-me para colocar o comentário anterior, estava sempre a dar erro.
Cara Contestatária,
entendo as suas palavras e como a vou descobrindo curvo-me perante as suas lições de factos que ignoro. Percebo também o modo como encara o que escrevi, uma vez que perante a posição em que o povo de Santar se coloca (principalmente neste blog) eu diria que nem microfone, nem voz, nem mesmo coração... sendo porém detentora "do nada", sou sim comandante da minha vontade e do meu coração, mantendo a minha ideia de que o palco para esta festa é Santar, porque nenhuma das nove freguesias tem o potencial que nós temos. E mesmo que seja uma pequena minoria a chamar a Santar o que a Santar pertence, eu hei-de sempre contar-me nesta pequena meia dúzia!
Á ganda Rute!
@ Amiga Rute
quero agradecer-te as tuas palavras. na verdade, a primeira vez que houve uma iniciativa dedicada á promoção/divulgação do Vinho do Dão foi em Santar, quer pela extinta AHBVS quer pela ACI. os senhores que na altura estavam no poder, logo se apressaram em "roubar" a ideia, assim como a do "Coração do Dão". estou em crer que o esforço que ultimamente tem sido feito para termos o Museu do Vinho do Dão vai seguir o mesmo caminho, vê-se aquilo tão parado!!???
o teu post, tem que servir de alerta a todos Santarenses, que se unam e lutem (como os Canenses), para que não sejamos uma vez mais "roubados".
@ contestatária
reparou em quantos stands de Vitivinicultores Santarenses se encontravam na feira deste ano?
sabe quantas localidades da região demarcada tem tantos ou mais?
sabia que Santar é mais conhecida pelos Vinhos de qualidade do que por outra coisa qualquer?
sabe que o Vinho "Conde de Santar" ou "Casa de Santar" é da Região, o mais conhecido em todo mundo?
recorda-se que, da sua infancia e ou juventude, tambem eram contemporâneas ao "Conde de Santar" casas como: Santos Lima, Adrião de Moura, Dioguinho Carvalho, Pedro da Silveira, Robão, Val-do-Chão, Francisco Vital, Matos,Alameda,... entre outros de menor dimensão?
até pelo património vitivinícola existente, não mereceria Santar a feira/festa do Vinho do Dão?
Santar e as suas gentes não têm culpa da falta de ideias de quem nos tem governado. temos potencial humano e patrimonial mais do que suficiente para que um evento desta envergadura seja realizado em Santar.
VIVA SANTAR, VIVA O VINHO DO DÂO
cumprimentos:
Ordysi
Eu entendo que e expressão "Nelas, Coração do Dão", se aplica ao municipio de Nelas, e não á sede do concelho em particular, pois Nelas torna-se coração do Dão se neste se englobarem as 9 freguesias, a freguesia de Nelas só por si - e falando do ponto de vista da produção vitivinicola e de património - não é suficiente para ser catalogada como coração do Dão.
Quem conhecer um pouco da história politico-administrativa do antigo concelho de Senhorim, descobre que Santar teve sempre uma situação geográfica perifèrica em relação á sede do concelho, muito embora devido aos grandes proprietários agricolas existentes em Santar, torna-se Santar na povoação com mais poder económico e politico.
Historiadores há, que defendem, que devido á posição dos "senhores de Santar" junto dos poderes de Lisboa, e para não criarem "atritos" com o poder central, nunca influenciaram que os poderes publicos se fixassem em Santar, muito pelo contrário.
Estas posições politicas reportam-se á época anterior á reforma administrativa, que veio extinguir os antigos concelhos e criar o concelho de Nelas.
Este - o concelho de Nelas - segundo alguns historiadores, viu a sua sede ficar em Nelas pela centralidade em relação aos outros povos.
Espero com este pequeno esclarecimento, ter contribuido para perceber porque é que Santar, ao longo da sua história nunca teve nenhum orgão politico-administartivo sediado. E devido á evolução da politica em Portugal, e á "subjugação" aos grandes senhores que detinham as terras, e que se manteve até meados do século XX, o povo de Santar manteve sempre uma mentalidade de quem a nada mais aspirava. Espero que aos poucos, esta situação se inverta, e que daqui a uns anos Santar se torne uma referência para a região.
Pelo que entendi a Rute não fala da existência de uma feira, mas de Nelas ser o coração do Dão (o vinho claro está) e concordo com ela. Como concordo com o comentário de alguém que refere o Carnaval referindo-se a Canas.
Em Nelas cobra-se impostos em todo o concelho mas vivem muito mal com o sucesso e a eventual sombra (porque há quem seja muito mal formado) que outras populações do concelho lhe possam fazer. Há muito boa gente lá que pretende secar tudo à volta de Nelas, para que sejam únicos e os maiores.
Cumprimentos e beijos para a Rute
Meu Caro Ordysi
Agradeço-lhe todas as suas interrogações, é sempre bom haver alguém que venha contestar a Contestatária que não é nem nunca quis ser dona da sabedoria.
Tudo quanto o amigo disse é verdade e eu também o sei, mas dou-lhe uma importância diferente da sua. Sei que a casa Fazenda Glória também produz vinhos e só lhe desejo a si e a todos os produtores que tenha sempre forma de escoar o vosso produto e de preferência a bom preço.
Mas vamos por etapas:
A Casa de Santar não é conhecida (c/os vinhos) assim há tantos anos como nos quer fazer crer.
Não se esqueça que eu sou nada e criada em Santar, e que já lhe levo um bom par de anos à frente, sei os dias que duravam as vindimas das grandes casas de Santar.
1ª. A casa do Conde de Santar, era esta a designação original, mais tarde e ainda me lembro muito bem até lhe digo que foi hà cerca de 55/60 anos que se começaram a ver em todas as entradas das propriedades uns pequenos marcos em granito com o brasão e os dizeres CS
nessa altura ainda os vinhos não eram famosos pelo menos no estrangeiro, talvez o fossem pelo nosso pequeno território;
2º Casa Santos Lima com produção ligeiramente(?) mais pequena, mas alguma desta produção vinha das quintas de Silgueiros, nao era propriamente Santar;
3º Alameda ou Casa Borges da Gama, mais virada para a pecuária do que propriamente para a vitivinicultura, pese embora terem ganho umas medalhas pela qualidade dos seus vinhos;
Depois vêm as casas mais pequenas, a saber:
FVital,Casa do Roubão, Casa do Vale do Chão - aqui faço uma chamada de atenção porque o produto do total da produção, tabém dele faziam parte uvas de além do rio, ou seja Pinoca que, como sabe, pertence a Silgueiros.
Diogo de Carvalho, produção quase insignificante, nunca foi considerado nem grande nem médio produtor, só se quiser considerar a queima do bagaço, para produção de aguardente, como produção de vinho, sim de álcool étilico para enriquecimento dos vinhos, mas isso é outra cantiga e não vou agora nem aqui contar-lhe aquilo que sei a esse respeito, pois não se esqueça que, quanto a azeite e vinhos poderei, sem nunca ter trabalhado neles, dar algumas explicações muito interessantes.
O Senhor António Matos também médio produtor, depois havia os pequenos, os mais pequenos, os pequeninos e por fim todos aqueles que produziam para consumo próprio.
Não se esqueça, Santar, apesar de eu a amar tanto quanto qualquer bom santarense, tem o que merece e os filhos de Santar outro tanto.
Conclusão:
Merecemos uns aos outros. Daquilo em que nunca investimos e julgamos não acreditar, só pudemos queixar-nos a nós próprios.
Não pudemos estar tranquilamente sentados à espera que tudo de bom nos caia do céu.
Meu caríssimo amigo, eu também sinto e sofro com a nossa interioridade, mas tenho/temos que reconhecer que dado aquilo que fazemos, não merecemos mais.
Quando andamos, aqui, neste local, a insultar-mo-nos uns aos outros, não iremos, nunca, chegar a lado algum, e não por mim que estou no ócaso da vida, mas por todos os vindouros, acordem, lutem, façam uma corrente positiva, mas façam qualquer coisa, tenham atitude se querem ver Santar a ser admirado, não só pelo o que os nossos antepassados deixaram, mas também pelas coisas que, vocês jovens podem e devem construir.
Um dia havemos de conversar pessoalmente e verá que não estou tão longe, assim, da razão.
Sempre ao dispor
Contestatária
@ Contestatária
O Ordisi já esclareceu o essencial da informação que a Contestatária desconhecia pois , durante algum tempos esteve arredada da vida diária da nossa freguesia por por razões profissionais, de facto a primeira Feira do Vinho do concelho de Nelas foi feita em Santar em 1990 pela já extinta AHBVS, no ambito de uma feira agricola organizada por esta associação, feira esta mais tarde organizada também pela CVP Santar.
No entanto os mais informados sabem que desde 1991 a Feira do Vinho de Nelas tem um interregno de um ano em 1994, ano em que essa mostra foi feita em Santar integrada no programa do 1ºConcurso Nacional de Salto de Cavalos de Santar organizado conjuntamente pela ACI e pela Junta de Freguesia de Santar , tendo sido um retumbante exito, o que prova que a capacidade de organização está cá e existem provas disso, mas tal como anteriormente, esse evento logo foi levado no ano seguinte para Nelas, tendo devido ao fracasso, sido abandonado.
É pois com toda a pertinência que a Rute tem o direito de esperar que Santar ou as outras freguesias possam ter a aspiração de receber tal evento, pois todas elas em conjunto é que formam o Coração do Dão.
Essa sim seria uma posição democrática reconhecendo assim a importância de todas as freguesias no concelho, e sem que isso fosse um custo acrescido, seria certamente uma mais valia.
O futuro dirá quem terá a coragem de dar esse passo.
Atentamente
Caro António Neves, hoje passo o pouco tempo que tenho agarrada a esta maquineta só para contestar e também para agradecer o facto de lerem os meus comentários e se pronunciarem pelas positiva/negativa. Para mim, uma ou outra opção tem, quando honesta, grande valor.
Os seus esclarecimentos àcerca da história se Santar vieram, talvez, mostrar a quem lê este blog aquilo que se conhece no tocante ao aparecimento e importância de Santar.
Por mim, estou sempre na dúvida, pois nunca fiquei esclarecida. Os estudos encomendados que existem a este respeito não são de forma alguma conclusivos. Tenho uma visão bastante alargada do que se escreveu acerca de Santar.
E tenho porquê?. Não foi, com certeza em nenhuma universidade ou em qualquer curso de História que adquiri estes conhecimentos, mas também não foi em vão que, tudo que existe neste blog acerca de Santar: Estudo do Professor Veríssimo Serrão, artigos escritos sobre a misericórdia, autoria da Cristina Pina, Roteiro de Santar, do saudoso Arião, foi por mim transcrito desssas obras, a pedido do meu Amigo Armando Carvalho para inserir no site que ele tinha criado.
Por isso, não vou acrescentar mais nada ao assunto, mesmo para não me tornar mais fastidiosa do que aquilo que hoje fui.
Com respeito pelo seu saber, sou
Contestatária
Caríssimo Rodrigues, aquilo que o meu querido denomina de Feira de vinhos, da qual em me lembro perfeitamente apesar de não estar cá, não pode ser considerada uma feira, mas sim um arremedo de Feira, por isso não chegou a vigar e morreu à nascença, como, aliás, tudo que neste terra nasce para seu progresso, morre.
Culpas? Nossas, claro.
Um abraço forte.
Contestatária
@ Contetatária
Arremedo de feira????
Estamos a falar de 26 expositores de vinho, muito mais do que a feira de Nelas teve de 1991/93.
E mais não foram porque á quinze anos atrás muitos dos expositores da actual feira ainda nem existiam.
Louve-se o trabalho nessa data do nosso conterraneo Antonio Mendes e do enólogo da Dão Sul Carlos Lucas entre outros na realização desse certame.
Só mesmo o desconhecimento de tal acto a pode levar a dizer tal coisa. Já agora para seu esclarecimento aconselho a consulta ao jornais, Correio da Manhã e A Capital, jornal que sei ter sido do seu agrado durante anos a fio, e ler a opinião dos jornalista na altura.
A sua opinião é pois mal sustentada e injusta.
Não devemos incorrer no erro de opinar sobre o que deconhecemos e ou não acompanhámos de perto, e de facto sei que não esteve em Santar nessa altura. Só mesmo esse facto pode levar uma pessoa como a Contestatária, que reconhecemos como ponderada e de bom senso a ter uma opinião tão irreflectida.
Atentamente
E da Junta de Freguesia de Santar de então.
Não lhe custa reconhecer, pois não senhor carlos rodrigues.
Estava a ler o post da Rute e o meu sangue já fervia, pois tal como esta Indigente entendo que a feira do vinho fará sempre mais sentido se realizada em Santar. Por muitas razões, que nem vou enumerar até porque algumas delas, já foram aqui ditas.
Percebo que Nelas, sendo sede de município, tenha chamado a si a realização desta feira, até para, quem sabe, evitar algum melindre com outra povoação produtora, mas verdade seja dita, é a qualidade dos vinhos e a enorme variedade destes, bem como o marco histórico que já deixam na enologia ao longo dos anos, que coloca "Santar no mapa".
Esse louro é Santarense!
O que eu não sabia, é que a primeira edição desta feira tinha sido realizada por, para e em Santar. Confesso, descobri-o agora aqui através dos Vossos comentários.
Sabendo isso, só posso estar ainda mais de acordo com o post aqui deixado.
Estando agora activa a nova direcção da ACI, pergunto eu, do que estão à espera para chamar a Santar a realização dessa feira?
Que mudem mentalidades? De Infra-estruturas?
Ora meus Caros, as mentalidades são vocês, agora, neste espaço de tempo. E Santar, já tem hoje muito mais do que aquilo que sonhou. Há que arregaçar as mangas, acreditar no coração e força.
No primeiro ano pode não ser uma excelente Feira, mas no segundo ano, será melhor e depois melhor e por aí fora.
Obviamente, acredito que a CM de Nelas tenha registado a patente desta feira. Mas criem outra: A Feira das vindimas, A Festa do vinho, enfim…mas se a ideia peregrina foi Santarense, se a maior parte de vinicultores até é SAntarense e se a maior qualidade e internacionalização até pertence aos vinhos de Santar ,não percam essa iniciativa, por favor!
Força!
É com gáudio que vejo neste post emergirem comentários pertinentes com opiniões diversas. De facto é este o intuito da minha ideia … acabo por concordar com todos vós!
Quanto às sábias palavras da Sra. Contestatária aceito-as, pois na atmosfera pesada que se faz por vezes sentir neste espaço digo mesmo que as entendo e partilho. Ao meu grande amigo Alexandre Borges, cuja voz pertinente e cuidadosamente sabedora chega sempre aos mais elevados pousos o meu obrigado por, também aqui, expressares a tua opinião.
A minha vontade não é gritar independência junto ao Rio Dão, até porque se o fizesse corria o risco de perturbar sua Excelência a Senhora Condessa das Fontanheiras…não! É somente “chamar a meu o que é meu”… e vejamos que não há um porquê para que esta feira se realize em Nelas… e não precisam de ser as nossas gentes a organizarem, até porque os sucessivos executivos camarários o têm feito, e bem…mas Nelas peca por imitação, por se sentir como sede detentora das riquezas que pertencem a cada freguesia, a Nelas não, e ao Concelho sim! Não me movem quaisquer atritos entre a sede concelhia e o nosso povo, só entendo que este evento nos pertence se não também não teria lógica projectar para cá um Museu do Vinho, certo? No seio do meu pensamento até me ocorre que se não fossem algumas das nove freguesias Nelas seria somente uma localidade, desprovida de qualquer interesse turístico-cultural!
@ Anónimo das 21.18 Hrs
Só a sua má vontade ou distracção o levam a tecer o comentário que aqui deixou. Como de costume não é meu apanágio retirar o mérito a quem o tem e como se pode ler no meu primeiro comentário, não esqueci a preciosa colaboração da Junta de Freguesia que foi fundamental para o êxito do certame.
Sabe de certeza se me conhece que não costumo criticar só por criticar.
Reconheça o seu erro e da próxima leia com um bocadinho mais de atenção, vai ver que melhora o seu entendimento sobre todos os assuntos versados.
Atentamente
Parabéns à Rute pelo post...
Continuem a valorizar Santar, pelo que foi, pelo que é, e por aquilo que com a ajuda de todos os santarenses poderá vir a ser!
" Santar : Principado da Beira Alta "
Cumps
S. Celestino
Ora aqui está uma discussão pura e sã entre variados comentadores e Indigentes.
É assim que, sabe-se lá, um dia teremos aqui em Santar aquilo neste momento se reivindica como nosso.
Não deixem que, à custa desta troca de ideias, algum a das nossas vizinhas aldeias, se adiantem e em vez de ser só a CMN a receber os louros daquilo que a todos pertence, mas também que eles venham a ser repartidos por outrém com menos valor histórico vinhateiro que Santar.
Façam o que já alvitrei, e não só eu mas a quase generalidade dos intervenientes nesta conversa: crescem como mentores, cresçam como promotores cresçam com a vossa juventude e força e dêm a Santar um lugar na história para juntar àquela que os nossos antepassados deixaram.
Para todos os que aqui estão, vai o meu muito obrigado. Penso ter contribuido com pouco é certo, mas também aprendi um pouco mais com toda esta troca de ideias/ideais.
Contestatária.
PS: Ao meu querido Carlinhos, os jornais que fui obrigada a ler durante quarenta anos eram, além dos que citou. todos os Jornais matutinos, vespertinos, semanais, e pasme-se regionais, até o Planalto de Santar, e também do arquipélago. Tudo por uma boa causa: cumprir uma as minhas várias funções.
Abraço
ontestatária
Aos "Indigentes" e aos actuais e antigos membros da ACI, e sendo este mês dedicado á vinha e ao vinho, busquem por encontrar quem tenha informação escrita e fotográfica das primeiras iniciativas do género realizadas em Santar.
Eu por mim vou iniciar essa procura, pois lembro-me bem do concurso de saltos e de ter tirado umas fotos, vou ver se as encontro.
Não me posso esquecer também, que nessa altura, éra eu estudante de agricultura, ir com o amigo António Mendes as vinhas da Casa de Santar, junto ao campo de futebol de Moreira, ver a apresentação de uma das primeiras máquinas de vindima que apareceram na região.
Também na AHBVS, colaborei desde a primeira edição, nas feiras agricolas que se realizaram, não me esquecendo das noitadas que passei com o saudoso Adrião a escrever e enviar circulares para angariar expositores para o certame.
Por isso, e como muita gente já aqui defendeu, "o seu a seu dono", pelo menos para uma primeira abordagem, reconhecerem que o embrião destas iniciativas foram em Santar e idealizadas por santarenses.
Não queria focar aqui a politica, mas derivado a pertinencia do assunto, a isso me sinto obrigado a alertar:
É bom que nos unamos em torno do que é nosso, e não falo só a nivel de Santar, mas sim do concelho, pois quem estiver um pouco atento aos programas eleitorais dos concelhos vizinhos, sobretudo para Viseu, há candidatos que querem promover feiras identicas á que actualmente existe no nosso concelho, e como sendo concelhos com maior poder económico e politico não sei até que ponto poderão afectar os certames que agora se realizam no nosso concelho.
Atentamente
@contestatária
Fala Pouco e trabalha mais...
Com Paixão...
O Pitii
"Ipsis verbis"!!
Muitas vezes me ocorreu porque é que não é Santar quem acolhe as festas do vinho do Dão...
Seria pois o cenário mais adequado e encantador, já para nem referir que o coração, legitimo, do Dão é Santar... pensava que talvez fosse por indolência , agrada-me verificar que não...
Canense
Não devemos por de parte a hipotese de um dia a festa, e não feira do vinho do Dão ter uma componente em Santar. Muitos concelhos desejariam ter uma Vila c um património arquitectónico tão rico para poder associar à vitivinicultura. Acho q deveríamos tirar partido de toda a paisagem e tradição vitícola
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