No dia 12 de Outubro de 2009 nasceu um novo dia

Pois é, todos os que tiveram a sorte de acordar na manhã, ou quem sabe tarde, deste dia constataram que afinal pouco havia mudado, mesmo que a mudança fosse mínima, tomei consciência de que era um dia novinho em folha, que só dependia de mim fazer com que houvesse diferença e esse dia se transformasse num dia único e inesquecível.
Quero com isto dizer, que só depende de cada um de nós, poder alterar o estado de todas as coisas, o nosso empenho pode e deve ser a mola impulsionadora da mudança, seja ela, social, cultural ou politica.
Como concorrente no ultimo acto eleitoral, do qual o partido que representei saiu com uma pesada derrota, não posso ter agora a ousadia de achar que todos estavam errados e só eu certo, e que todos os que votaram num partido que não o meu , são uns bandidos,nada disso.
As eleições são talvez o maior momento de expressão democrática a que temos acesso, e na maioria das vezes desperdiçamos essa oportunidade, de tal forma estamos enquistados numa luta quase sempre pessoal, entre os que estão do meu lado ou contra mim, esquecendo qual a razão maior para esse "momento da verdade", tão cegos que ficamos no remoer de ódios sem sentido.
Todos os que concorremos numas eleições como as do ultimo domingo, devemos nortear essa atitude por razões que sejam válidas, pela crença de que podemos fazer diferente, quem sabe, talvez melhor, já se o fizermos por outros motivos menos nobres, corremos o risco de defraudarmos as nossas próprias consciências,tornando as nossas intenções vãs e inúteis.
Tudo o que foi dito de bom e de mau durante os 15 dias de campanha, deixa desde a manhã de ontem de fazer sentido para uns e tornou-se na carga que terão de transportar durante quatro anos para outros.
Cabe-nos o papel de auxiliar com atitudes, aqueles que democraticamente foram eleitos, deixando que daqui a 4 anos a nossa balança volte a pesar os prós e os contras e a nossa opinião seja nessa altura soberana dos nossos actos.
Até lá e no que me toca pessoalmente, a manhã do dia 12 de Outubro trouxe-me uma Presidente da Câmara que também é a minha assim como um Presidente da Junta que também é o meu, que se comprometeram a "governar-me"assim como a todos os cidadãos do meu concelho e freguesia, por igual e sem distinção partidária.
Não devemos porém, como não o farei,calar a nossa opinião, ou direito sempre que entendermos necessário, desde que os motivos tenham validade , não somente por embirração, inveja ou dores de cotovelo.
Deixo pois pela ultima vez um repto a todos os que escrevem aqui n'Indigente, saiam da trincheira que escolheram, porque a guerra já acabou, respeitem os vencedores e os vencidos, porque a luta é feita de batalhas que se ganham e perdem, e tornem todos os novos dias de hoje em diante únicos, irrepetíveis e inesquecíveis, só depende de cada um de nós.

Atentamente