sábado, 1 de janeiro de 2011

A Ultima Missa

O Padre





O padre Fernando celebrou hoje a sua ultima missa, 46 anos depois de ter começado.
Em todo este tempo foi sempre uma figura, que com personalidade extremamente forte , nem sempre foi gerador de opiniões unânimes, ao seu redor e sobre a sua pessoa, no entanto não devemos escamotear a importância que teve ao longo das ultimas gerações de santarenses.

Todos temos uma história de vida com o padre Fernando, umas mais felizes, outras nem tanto, mas o facto é que ele esteve presente, tal como a família, em alguns dos momentos mais importantes das nossa vidas, baptizados, casamentos e funerais. Todos recordamos uma palavra amiga ou um conforto, deste homem nesses momentos, outros recordam a critica por vezes infundada que os seus sermões traziam, por vezes irónica , por vezes mordaz.

Como todos nós também ele cometeu erros, pois a isso está sujeito por humana condição, porem sendo padre, esteve também por condição um pouco acima do comum, mais próximo de Deus , e seu representante na terra e como tal merecedor de respeito, na opinião e no exemplo. Hoje aquele que durante anos foi o pastor deste rebanho de almas, algumas perdeu, mas muitas também encontrou, em que julgo ter dado o seu melhor e por isso merece reconhecimento, hoje esse homem volta de novo ao seu estatuto de homem comum.

Espero que agora como homem comum possamos partilhar da sua sabedoria, durante muitos e bons anos.



O Homem Comum



14 comentários:

Carlos Aurindo 4 de janeiro de 2011 às 13:11  

ao sr. Abade

um especial agradecimento pela dedicação à paróquia de Santar

cumprimentos:

Ordysi

Isabel Tavares,  4 de janeiro de 2011 às 14:51  

Nesta hora, que chegará, mais tarde ou mais cedo, a cada um de nós, é aquilo a que costumamos chamar a hora da despedida dos nossos "metiers".

É com nostalgia que aceitamos o retirar de um modo de vida e aprendemos a iniciar outra caminhada.
Se a primeira nos deixa nostálgicos, já a segunda nos empurra para novas ideias, novas atitudes, nosvas formas de encarar o dia a dia.
Já não nos focamos naquilo que durante décadas nos prendeu o sentido. Já não temos a preocupação de cumprir uma missão e dar-lhe tudo aquilo que de nós essa missão exigia.
Se por um lado é um quebrar de tensão, preocupação, o sentir que a nossa responsabilidade feneceu, é, por outro lado, o sentimento de que a nossa missão, sem estar cumprida, nos foi aliviada.

Entramos, nos primeiros meses, na disponibilidade e essa situação dá-nos o sentimento de liberdade, porém, a ressaca de hábitos decanos, acaba por se revelar. É doloroso...!

Sem me ligar ao Sr Padre Fernando qualquer tipo de amizade, nunca deixei de o respeitar, embora tenha sofrido de sua parte, alguns agravos. Mas, sou católica, e respeitadora dos valores que são os meus e nesta hora, como boa cristã e imbuída da caridade que Deus pediu que tivessemos uns com os outros e também respeitando 46 anos de dávida a uma população, onde o Sr. Padre Fenando deu de si, tudo o que considerava o melhor, embora outras não tanto, não posso deixar, por respeito à Igreja que representou, de desejar-lhe um descanso merecido e longos anos de tranquilidade para que, finalmente no seu recolhimento, possa usufruir tudo de bonito a vida lhe dê.

Ao Sr. Padre Rocha dos Santos

Senhor, venho Pedir-Vos que Olheis com compaixão este Vosso servo.
Fazei com que ele O Bendiga e que nunca O afaste do seu coração, para que, pelo oferecimento do Vosso Sangue, que diariamente é ofertado no altar, Vós Vos Digneis ofertar ao Vosso Paí,nosso Divino Senhor, todo o nosso amor e a nossa Fé.

______________________!_______________________

Com toda a Fé e respeito pelo Padre que conduziu os paroquianos desta Vila Amada, umas vezes com nosso agrado outras com menos agrado.

Sou, Isabel Tavares

lapis de pedra 5 de janeiro de 2011 às 02:17  

Os poucos anos que convivi com o Sr. Padre Fernando foram de amizade e confiança, a confiança de incumbir a um jovem, na época vinte e poucos anos de idade, a tarefa de grande responsabilidade - dirigir seu automóvel! Guardo boas recordações desse tempo de muitas e simples diversões.
Sempre amigo dos jovens, organizava passeios e acampamentos, incentivando o grupo com atividades culturais.
Sou do tempo que, para se realizar baile no salão, só com autorização do Padre. Isso acabou, com a sua chegada a Santar.
Toda pessoa no outono da idade, não sendo político, não tem defeitos. Em algumas culturas, são os idosos referenciados e ouvidos pelos mais novos. A experiência e o saber acumulados servem de orientação para a solução dos problemas da coletividade. Estará aí, quem sabe, o saber para melhor encararmos as presentes dificuldades.
O Senhor Padre Fernando fez- me bem e acredito que para Santar também. Desejo-lhe muita saúde e disposição para aceitar com humor toda bazofia opinião.
Cumprimentos
CL

M. J.,  9 de janeiro de 2011 às 15:26  

Gostava de saber o que pensa o Sr. padre Fernando sobre as obras que fez em santar se e que fez alguma,o que eu vejo e uma Igreja a cair e despida de paroquianos a assistir a Missa,ja para nao falar das divergencias constantes com toda a Paroquia, sito , Santar Moreira, Casal-Sancho, Fontanheiras e Pisao.Aqueles que tanto o criticaram e que agora nao passam de uns grachas deixem-se de HIPOCRISIAS.

Isabel Tavares,  9 de janeiro de 2011 às 20:58  

Meu caro MJ, compreendo absolutamente a sua forma de ver a aposentação do antigo pároco Fernando Rocha como um adeus há muito desejado.
Quero dizer-he, com todo o respeito e consideração que a sua opinião me merece, que não comungo da sua amargura, e também lhe quero dizer que, se há alguém com razão de queixa do Padre Rocha, eu pessoalmente, sofri a desconsideração e a falta de respeito deste Senhor.
Quero, porém, dizer-lhe a si, meu caro MJ, que penso de forma diversa, mas também quero justificar a minha posição, tanto no que respeita ao meu comentário anterior, como neste que agora o sr fará o favor de ler.

A justificação que quero deixar-lhe é que, embora nunca tenha estado de acordo com o modo como o P. Rocha conduziu esta Paroquia a todos os níveis, fui também, eu e minha Família, altamente ofendida com as arbitrariedades deste Senhor.

Mas, como pessoa católia e verdadeiramente crente , possuidora que sou da caridade que Deus nos manda que tenhamos em relação aos nossos semelhantes, quiz deixar aqui registada a minha benevolência em relação ao P. Rocha, benevolência que nunca vi o nosso Pároco F.Rocha ter em relaçao a quem quer que fosse.

Concordo que o MJ se queixe de hipocrisia, mas também tem que concordar que alguém que vem aqui nesta hora, não precisa de o fazer para agradar ao P. Rocha, porque hoje este Senhor já não tem qualquer expressão nem positiva nem negativa para ninguèm. Não será, pois, por hipocrisia e/ou por qualquer outro sentimento que não seja puramente caridoso e cristão em relação a alguém que já não poderá mogoar mais ninguém a coberto da sua batina e dos seus poderes paroquiais.

Nestas circunstancias, peço-lhe Amigo MJ, faça como todos nós deveriamos fazer, esqueça os agravos e seja caridoso, releve as muitas decisões e atitudes negativas que teve o P. Rocha, tenha a caridade de lhe desejar paz para o resto dos dias que Deus lhe reservou entre nós.

E, acima de tudo, não pense que não o compreendo, pense antes que os Santarenses sabem perdoar e se é Santarense, perdoe o Sr. P.Rocha, faça aquilo que ele não soube fazer durante o seu apostolado de 46 anos nesta nossa sempre bela SANTAR, Deus saberá que o MJ é bom cristão.

Anónimo,  9 de janeiro de 2011 às 22:53  

gostava que o senhor das 2.15 descrevesse quantos acampamentos, onde foram feitos e que jovens participaram, na presença do SR. Padre Fernando. Era bom que o tivesse feito.
A.N.

Anónimo,  10 de janeiro de 2011 às 17:03  

Vanho aqui dezer que este indegente está a puder ler-se. pessoas que aqui escrevem tem direito ao nosso respeito porque elas não falam maldizer de ninguem, Aqui á insinamentos cristãos e por isso os meus paravéns ao indigente

M J,  10 de janeiro de 2011 às 22:34  

Estimada Isabel Tavares nao e preciso fazer longos comentarios para se chegar ao cerne da questao que neste caso e o seu ultimo paragrafo.e obio que como bom cristao lhe desejo um resto de vida muito feliz e perdoar-lhe porque nao, CRISTO tambem perdoou a quem o matou.mas tambem lhe digo que ele tem que fazer um grande exame de consciencia para conseguir perdoar-se a ele proprio{como diz a senhora}as muitas atitudes negativas que teve durante o apostolado nesta paroquia de SANTAR.

lapis de pedra 10 de janeiro de 2011 às 23:26  

Conversa de sacha
Se for 02:17 é para mim Carlos! Senhor das 22:53 estou certo?
“A. N.” deve ser nova abreviação de Anônimo. O fino Senhor não entendeu o que leu e afavelmente me chama a atenção.
Para lhe dizer que não respondo a estranhos anônimos, educado senhor, posso lhe fazer um desenho do que escrevi, mas para isso, por favor, identifique-se!
Só rindo, onde me vim meter, arranjo sarna para me coçar, pior é não responder!
É divertido o interesse de determinada pessoa – que eu não conheço – pelo esforço que faz para desambientar este espaço. As pessoas, que aqui com freqüência comentam, estão a incomodar alguém que ainda não entendeu que errou e por isso persiste no erro por entender que é esperta e que as outras pessoas são burras, está enganada, são Bobas, não confunda!
Att
Carlos Alberto da Costa Liberto

Anónimo,  11 de janeiro de 2011 às 14:48  

Ó carlos não deves ter mais nada que fazer senão prestar homenagem a pessoas que o que fizeram foi afastar os nossos irmãos da missa, ou tu não sabes da missa a metade ou não és de esquerda, para que este senhor seja perdoado primeiro é preciso que se arrependa do mal que fez e peça desculpa depois o resto é com DEUS!

Carlos Rodrigues 11 de janeiro de 2011 às 21:36  

@ Anónimo das 14.48

Meu caro

Não sei se o Carlos a que se refere, é a minha pessoa, se não for peço-lhe desculpa desde já, mas tendo dito que não sou de esquerda (presumo que por identidade politica) deve estar-se a referir a mim.
Eu presto homenagem a quem eu bem entender, pois a democracia a isso me dá direito, e estou relativamente à vontade para falar pois, o Padre Fernando teve pessoalmente com a minha pessoa algumas incorrecções, quer na altura que estive com ele na Direcção da ACI, quer alguns anos mais tarde durante a missa de sétimo dia do meu falecido pai, no entanto como poucos o fizeram em Santar eu resolvi esses diferendos, falando directamente com ele, no caso da missa do sétimo dia, tanto eu como a minha mãe em plena missa e com o padre no altar, como muitos que assistiram são testemunhas. Não é entanto por isso que não se deve prestar homenagem a alguém que, bem ou mal, devotou 46 anos da sua vida a Santar. Não sabendo quem é, julgo que não andarei muito longe da verdade se disser, que é um daqueles que por cobardia nunca conseguiu dizer ao Padre Fernando o que achava dele. Não quero no entanto e isso fica claro no meu post endeusar o homem, mas muito sinceramente também acho que não o devemos diabolizar, como disse não era pessoa de gerar consensos e muitas vezes extravasou todos os limites, mas diga-me quem nunca o fez.
" Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra." Posso-lhe garantir que não serei eu, se será o senhor, ou não, isso já ficará na sua consciência.

Atentamente

lapis de pedra 12 de janeiro de 2011 às 11:14  

12 de Janeiro de 2011, século 21, certo?
Parece que não! A data está correta, mas ainda temos gente pensando como no século 18.
O anónimo identificado está!
Pelo que escreveu, digo que é comunista, admirador do humanista Fidel e do também revolucionário Che Guevara, este, que tanto gostava de descrever com requintes de extrema crueldade a agonia de quem ele próprio executava.
A teoria de Max, que deprecia os valores morais e espirituais do ser humano e que induziu os comunistas a aniquilarem 100 milhões de pessoas em 70 anos, deve ser a sua Bíblia. O nosso humanista justiceiro santarense quer fazer justiça!
Me chama a atenção e diz que não sei da missa à metade e que não devo ser da esquerda, em parte acertou. Errou feio ao meter política no assunto, não iria perder a opurtunidade, he,he,he!
Cumprimentos
Carlos Alberto da Costa Liberto

lapis de pedra 12 de janeiro de 2011 às 12:18  

Peço desculpas, na pressa saiu Max, o correto Marx (Karl Marx ).Escrever na hora de expediente, num dia atarefado, deu nisso.
C. Liberto

Anónimo,  19 de janeiro de 2011 às 09:59  

Queiram ou não este sr. afastou muita gente da religião e um dia será julgado por isso.
Deus é tudo e não gosta de disciplos de falsos profetas!

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