quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Porque já vai sendo TEMPO




Porque a vida é feita de muitas situações diferentes, vamos sabendo reconhecer algumas delas, mesmo quando estão muito camufladas e mesmo essas deixam de causar surpresa com o tempo.
O tempo que vai passando sem ser possível suste-lo , mesmo que fugazmente, mostra que mesmo as melhores coisas acabam por desvanecer-se com as eras, até ficarem quase invisíveis.
Com o Indigente aconteceu uma quase explosão de novidade que faz com que em 6 meses possamos ser já uma referência na blogosfera concelhia.A criação de qualquer coisa causa sempre um ocupar de vazio, que faz com que exista menos espaço, e quem sabe menos tempo, para as coisas já existentes.
Como também sabemos quando se mexe com o "sistema", forças poderosas tendem a juntar-se e de qualquer forma tentam bloquear o crescimento das coisas e o seu bom funcionamento.
Passados estes 6 meses sinto hoje que fui derrotado num dos pontos , que para mim eram essenciais neste espaço, que era a liberdade de expressão, fui derrotado por um pequeno grupo de arruaceiros, preocupados com quem lhes possa vir ocupar o espaço.
Diga-se em abono da verdade que têm feito bem o seu trabalho.
Posso garantir que nunca apaguei um único comentário e assim continuarei a agir, se posso exprimir a minha opinião, não impedirei a dos outros, mas o desrespeito generalizou-se, a cada comentário uma maior desilusão, como se todos só se preocupassem, com o estado das suas ferraduras, para poder escoiçinhar com segurança.
Mas de derrota em derrota, o Indigente vai chegar ao seu porto, independentemente do que possam dizer ou fazer, ou escrever, os Adamastores que um dia serão também eles ultrapassados.
Mesmo sentindo-me triste não vou desistir, porque o Indigente também tem coisas e pessoas boas, cultas, com pontos de vista diferentes, mas com cultura e respeito acima da média.
São essas que devem ser a referência das opiniões, são essas que trazem ao Indigente uma mais valia e que mostram que na nossa também há pessoas que sabem estar, mesmo estando em posições distintas.
Acho que todos devem ter a noção que o Indigente vai estar cá depois das eleições, a promover a opinião e o debate e todos podem colaborar nesse espirito...

... PORQUE JÁ VAI SENDO TEMPO


P.s

O tempo tem de facto muitas faces como mostra uma foto que me é muito grata e que foi tirada pelo Tiago.

4 comentários:

Anónimo,  20 de agosto de 2009 às 12:02  

tudo na vida e preciso, temos q saber lidar c as duas faces: critica e a satisfação. os santarenses tem no sangue a critica, por isso nao se importe. Gosto do site, continuei.. Assim posso saber o que se passa na minha vila mm longe..

Titá 20 de agosto de 2009 às 12:31  

A audácia da esperança é admirável! Não a percas, meu velho amigo.
Todos nós, algures no tempo tivemos momentos em que olhámos a liberdade plena como um presente, mas não passou de um futuro hipnótico.
Ambicionar aquele maravilhoso e sonhado futuro, é uma regressão ao passado, a um momento exacto, em que um qualquer elemento, nos despertou desejo.O Desejo de um espaço livre, aberto, mas de repente, o tempo mostrou-nos que há momentos em que somos só uma voz no deserto e vem a tristeza, a desmotivação, o desânimo.Eu própria já confessei aqui o meu naifismo inicial.
Uma decisão tinha que ser tomada. Coube -vos essa árdua tarefa, percebo que estejam todos tristes e magoados, mas não se pode perder a esperança.
Vamos acreditar que é só uma questão de tempo.Há futuros que demoram mais a chegar, mas chegam. Mantém essa convicção, porque num futuro próximo, como escreveu um dia o Alçada Batista, " num futuro próximo, ainda que made in pensamentos escritos algures num caderno de loucura...", todos irão buscar a mesma certeza que tu...seremos livres e saberemos sê-lo.

Apesar de este meu comentário já ser longo, não posso deixar de ainda felicitar o Tiago por este fotografia original e que foi muito bem contextualizada neste post.

Cumprimentos a todos,

Tó Neves,  21 de agosto de 2009 às 15:56  

"Quem nasceu para lagratixa nunca chega a jacaré" (Provérbio popular)

Começo este meu comentário com o provérbio que acompanha os artigos de opinião do professor José Pacheco Pereira na revista "Sábado", para dizer aos interessados que leiam o artigo desta semana, pois acho que se enquadra em tudo que aqui se tem passado nos ultimos tempos...

Cordiais cumprimentos

Contestatária,  21 de agosto de 2009 às 19:11  

Exactamente, meu caro Indigente, a vida passa por nós e não nós por ela. Nas situações caricatas em que ela a grande maioria das vezes nos coloca, vemos-nos perante a necessidade de tomar decisões e/ou posições que, logo no primeiro instante, nos poderão deixar atónitos e às vezes em estado de transe.

E como o meu Amigo diz, o tempo vai passando. Realmente não há forma de o fazer parar.

Por vezes parece-nos que vivemos no irreal, e, quando sentimos que o nosso corpo está em chão seguro, acordamos do tranze porque passámos no átomo de segundo que acabamos de viver e que, na ausência da nossa mente, nos pareceram séculos, ou talvez não, e no nosso imaginário percorremos séculos sem os percorrer e temos de forma esforçada que recuar no tempo. Afinal no tempo que não chegou a decorrer, mas há que retomar a forma física e mental se não quisermos enlouquecer.

Preencher esse vazio, é, muitas vezes doloroso, tanto mais doloroso quanto o regresso à realidade se nos afigura como que uma agressão da qual não nos é possível fugir.

O meu Amigo fala em derrota?1...
Não vejo que se deva sentir derrotado e muito menos o Indigente, outrossim, talvez alguém que menos seguro de si próprio, tenha sentido esse laivo de uma vitória que, para todos os Indigentes não passou de simples arremedo ou mero esgar de quem, se sabe há partida derrotado.

Vós Indegentes, sabeis onde o intruso se esconde, Cabe-vos desalojá-lo até ao seu passamento.

Continuem a proclamar a afirmação do vosso querer e, como dizia o saudoso Virgílio Ferreira na sua obra "Até ao Fim", lindíssimo romance que me foi gentimente oferecido aquando da minha aposentação, com a seguinte dedicatória: "Para a nossa Amiga e Companheira, de dias compridos e curtos, difíceis e fáceis, agradáveis e outros não, mas que preencheram doze anos das nossas vidas.
E a nós duas que consigo partilhámos tão bons momentos, pois é, desses que gostávamos mais e que iremos perseguir "Até ao fim".
.................................................(...)"

É isto em síntese, que o INDIGENTE deve perseguir. A boa harmonia, a concórdia, a compreensão.

Um até breve

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