quinta-feira, 28 de maio de 2009

Manifesto de Santar para as Eleições Europeias de 2009

À imagem do que está a ser feito em inúmeros sites de outras localidades por esse país e com as eleições europeias na ordem do dia, nada me pareceu mais pertinente de momento do que sondar junto dos Santarenses o que recomendariam, a nível de programa, aos vários partidos e movimentos políticos portugueses que se apresentam ao eleitorado, assim como aos primeiros candidatos das respectivas listas eleitorais.

Ps: Ainda que o número de contribuições não venha a ter significado para se enviar para quem de direito, poderá servir como documento de referência às autoridades locais.

Desafio todos os nossos visitantes a contribuírem para um “manifesto” completando assim o seguinte texto:

“Assente em Recomendações e Sugestões, este Manifesto programático pretende-se como um contributo da População de Santar para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos do distrito de Viseu, Portugueses, Europeus, assim recomendaria que:”

15 comentários:

Carlos Aurindo 29 de maio de 2009 às 08:03  

Seja mais comparticipado, através do fundo de coesão regional, o desenvolvimento do interior, particularmente Santar, no sentido da diminuição das assimetrias regionais, na imigração e migração assim como incentivar a quem deseje voltar ou fixar-se em zonas rurais como a nossa terra. Por uma Europa mais coesa, pela igualdade de direitos, pela liberdade de se ser Cidadão Europeu.
Cumprimentos:
Ordysi

CT,  29 de maio de 2009 às 10:02  

Continuando o texto acima:


Entendemos que nesta hora grave da vida dos portugueses, principalmente os do interior de Portugal, que vivem na perspectiva de perder a sua independência financeira, pelas más políticas que têm vindo a ser aplicadas em muitos sectores da nossa vida quotidiana, como seja a política agrícola comum.

Santar é o exemplo mais gritante dessa má política, Uma Vila que tem cerca de 13 mil metros quadrados na sua grande maioria arável, está reduzida a duas Sociedades agrícolas, porque só o grande capital pode suportar o custo das tecnologias necessárias à produção das terras e rentabilização dos solos agrícolas.

Por outro lado Santar deverá de imediato unir-se e exigir daqueles deputados que em Junho sairem eleitos, mais empenho nas suas funções de deputados europeus. Não é licito que lhes seja paga uma fortuna em ordenados e que nada ou quase nada seja feito da parte da CE pelo seu país,
Não devemos continuar a aceitar com toda a passividade a falta de prestação regular do que se vai discutindo em Bruxelas.

Devemos exigir que seja posta em prática a Directiva comunitária em que é aplicável o direito ao livre trânsito de pessoas e bens por toda a comunidade. Tem sido uma hipocresia o facto de constantemente se propalar que portugal é membro de pleno direito da CE, porém, há muitos portugueses que não sentem esse direito.
Queremos, quando no nosso país não somos devidamente respeitados, como por exemplo nas acções judiciais, podermos recorrer aos tribunais Europeus sem peias, porque embora a directiva juríca nos consagre esse direito, quando o mesmo se pretende por em prática por algum cidadão português, os entraves, a borucracia é de tal imensidão que o indivíduo acaba por desistir.

Por isso exigimos dos senhores deputados maior empenho na defesa dos interesses portugues. Pedidos de maior apoio para o interior do país, nomeadamente Santar, onde existem carências a todos os níveis, na saúde, na agricultura, nas redes viárias na educação, nos espaços lúdicos, etc.

Santar é das Vilas mais interessantes do país, mas tem que ser explorada e os seus valores expostos a fim de que nos possamos recrear e rever naquilo que os nossos antepassados nos deixaram.

Para isso são necessários apoios, mas Santar tem sido ao longo dos tempos esquecida por inércia de quem, por dever, não o devia fazer.
Encaremos de frente a realidade, não podemos combater pessoas que se candidatam ao PE, teremos que as eleger e se formos todos em massa votar no próximo mês, teremos de o fazer em consciência, na firme convicção de que o futuro será mais risonho para as infraestruras Santarenses, porque todos os Santarenses juntos, resistirão quando virem a sua SANTAR ser ignorada como até aqui.

POR SANTAR, EM SANTAR, COM SANTAR

Tó Neves,  29 de maio de 2009 às 11:20  

Concordo plenamente com o que escreve CT, acho que engloba a opinião generalizada dos cidadãos, não só de Santar mas do restante território nacional.
Mas… e para mim á sempre um mas.., não serão os deputados europeus que vão mudar alguma coisa, sobretudo na nossa terra. No parlamento europeu outros valores estão em jogo, os lobies são muito fortes e poderosos.
Temos sim, e deixo aqui o repto, de efectuar um manifesto mas para as outras eleições que se aproximam as legislativas e as autárquicas. Pois são estes senhores que forem eleitos, que terão mais responsabilidades.
Aos governos de cada país compete transpor para a sua legislação as directivas europeias, e como diz CT, as que nos são mais benéficas ficam na gaveta, as outras são transportes tipo “copy & paste”, sem adequada salvaguarda do que é nosso, veja-se o exemplo da directiva dos produtos regionais e a mais recente a vulgarmente chamada dos “poços”.
O último parágrafo de CT, no qual me revejo, a primeira responsabilidade para colmatar a inércia a que foi votada Santar, parte dos autarcas locais e regionais.
Temos pois este ano, três oportunidades para fazer algo: Nas europeias, enquanto cidadãos da Europa; Nas legislativas, enquanto cidadãos de Portugal; Nas autárquicas, enquanto SANTARENSES.
Mais um apelo – EXERÇAM O VOSSO DIREITO E DEVER AO VOTO – pois mesmo que não concordem com nenhum partido ou projecto, o Vosso voto em branco terá que ser tido em conta, e dai os intervenientes tiram as suas elações. Pelo contrário a abstenção apenas vai beneficiar alguns.

Cumprimentos a todos.

Titá 29 de maio de 2009 às 12:34  

Recomendo a urgência de uma intervenção ambiental por parte da União Europeia, mas sempre tendo em vista a promoção de um desenvolvimento sustentável, ou seja, um desenvolvimento que promova o equilíbrio entre as dimensões ambiental, económica e social características de cada região.
Respeitando as tradições de Santar e de cada zona, devem os candidatos ao PE procurar trazer para o nosso país investimento, formação, tecnologias com a missão de criar em cada região a sustentabilidade e a “autonomia” não colocando de parte uma campanha onde temas como as alterações climáticas, a energia, os transportes, a agricultura sustentável e a conservação da natureza, que têm sido até agora completamente esquecidos, nomeadamente na sua relação com a crise financeira e económica.
Têm sido criadas inúmeras directivas para os cidadãos europeus, falo por exemplo da directiva serviços e da livre circulação de indivíduos no entanto, pergunto: quem em Bruxelas fiscaliza a transposição e a aplicação das mesmas em cada país? Estará na altura de Bruxelas transpor autonomia aos poderes locais para que, com as directrizes Europeias apliquem essa legislação à região que representam.
Recomendo aos futuros deputados europeus que terminem com as comparações entre países, mas que sirvam sim como peões de um intercâmbio, do qual tragam o melhor de cada um e o apliquem por cá, reitero, respeitando sempre a individualidade, a tradição própria de Santar e sempre, sempre com o objectivo de um lucro colectivo e de uma sustentabilidade regional.

Titá 29 de maio de 2009 às 12:37  

@ Tó Neves,
Deixas uma boa ideia ao Indigente: realizar um manifesto também para as eleições autárquicas e legislativas.
Obrigada
Cumprimentos

S.C.Santar 29 de maio de 2009 às 14:29  

O Sporting Clube de Santar mudou o seu espaço na internet. O servidor onde tínhamos anteriormente hospedado o nosso site vai acabar no final do corrente ano e por esse motivo resolvemos anteciparmo-nos e assim permitir aos nosso sócios e simpatizantes que continuem a ter um local na net onde podem saber informações sobre o clube.
Esperamos que seja do seu agrado.

Se for possível alterem o link:
http://scsantar.blogspot.com

Tó Neves,  29 de maio de 2009 às 14:35  

Divago um pouco do propósito deste post, e não acrescento mais á ideia original pois revejo-me nas que aqui já foram colocadas.
A ideia deste manifesto é muito benvinda ao debate, mas é quase um esforço sem proveitos, a não ser a nossa troca de ideias e de opiniões, o que é muito salutar.
Teem visto as reportagens ou assistido a campanahs para as europeias?
Ainda agora ao ver as noticias há hora de almoço, não vi um unico dos candidatos a defender ou debater alguns dos pontos focados pelo Carlos, pelo CT e Tita, neste espaço!!
Ainda não os vi a dizerem como vão defender Portugal das politicas globalizantes da União Europeia, como vão fiscalizar as directivas quando transpostas para a nossa legislação, como vão fiscalizar os fundos comunitários, etc.
Estes senhores devem lembrar-se que além das funções legislativas, os deputados teem por função fiscalizar os governos, sejam eles nacionais ou locais.
Mais uma vez dou os parabens á Tita por esta opurtunidade de debate, mas sinceramente não vejo vontade por parte da classe politica de debater estes assuntos,digamos, mais regionais.
Vamos esperar pelas legislativas e autarquicas, e com tempo, efectuarmos um manifesto que possamo entregar aos candidatos, pois nessas vamos telos mais perto, e podem contar comigo, para junto do partido do qual sou militante fazer chegar esses manifestos aos deputados do nosso distrito e aos nossos autarcas.

Titá 29 de maio de 2009 às 17:02  

@ Tó Neves,

Eu entendo o teu desânimo. Afinal, acho até, que o sentimos todos e por isso, haver necessidade de se promover manifestos e de se fazer iniciativas legislativas de cidadãos como a que fizemos para alterar o Decreto de Lei 73/73. Pouco a pouco, ainda que só muito de vez enquando, atingimos um dos objectivos a que nos propomos e isso por si só, já nos dá alento para nos propormos a outros e a outros sem nunca desistirmos, sem nunca cruzarmos os braços, sem nunca nos calarmos.
Aqui em Sintra também se está a fazer um destes manifestos onde também participo e posso te garantir que apesar de em número serem muitos mais, não são em nada melhores dos que aqui estão. Fiquei muito feliz com a pertinencia dos assuntos aqui deixados por todos os participantes.
É como tu dizes: mesmo que não cheguem a quem deveriam chegar, cada um de nós pode fazê-los chegar aos nossos partidos ou junto daqueles que representam o poder local. Cada um de nós pode usá-los como referência para que, ao nosso tamanho, á nossa insignificancia, fazer algo.
A tua ideia de usarmos estas armas (manifestos e iniciativas de cidadãos) para as autarquicas e até para as legislativas, pareceu-me muito mais realista e útil, por isso se ainda não te agradeci, faço-o agora.Contamos desde já contigo.
É com este tipo de discussão que o Indigente continuará até bom porto.
Cumprimentos a todos

Anónimo,  29 de maio de 2009 às 17:53  

A Europa ainda que mal,provou ultimamente que pode ser coesa e decisiva.
Lembro que neste momento é um pilar mundial neste mundo um tanto ou quanto a deriva.Hà muito para fazer,mas se cada um de nos quiser ajudar ,comece jà por VOTAR no proximo dia 7 de Junho 09, para nao deixar decidir os outros em seu lugar.Se quiser ver a nossa terra ,o nosso concelho, o nosso distrito,o nosso Pais avançar em conjunto com os paises mais desenvolvidos da Europa, comece por pesar nas decisoes dos representantes politicos com o peso do seu voto.Lembre-se que o seu voto pode fazer a diferença.
Marcus A.

Carlos Rodrigues 29 de maio de 2009 às 22:45  

Votar é afirmar uma opinião,como tal é a obrigação de quem escolheu viver em democracia.
Qualquer eleição deve ser mote de manifestos e trocas de opinião. A partidarização da nosso politica tem desvirtuado, aquilo que deve ser o poder do voto.Falamos da Europa e não percebemos o seu sentido, não o escolhemos, nada tem a ver com a identidade de ser português. Nem sequer é por complexo, pois o conceito de europeísmo, até mesmo de globalização,é conceito que os portugueses dominam desde o séc XV.
Os santarenses não tem expectativas nestas eleições, como talvez 50% dos portugueses não as tem.
Concordo com o essencial do que aqui foi dito,porque deve ser dito, que na política estruturante da Europa, Portugal tem cavalgado, de derrota em derrota, até ao apagamento do ser português, para se ser europeu.
Os sectores mais importantes, como a agricultura e a pesca que pela sua importância se designam por primários, vão sendo subsidiados para morrer, em troca de alcatrão.
Mas as populações como Santar, precisam de mais, precisam de bem-estar, e esse continua a ser-nos negado.Se percorrermos a Europa, temos a noção da diferença,a dimensão de vilas como Santar, não impedem esses países de as dotar com infraestruturas dignas e funcionais. Essa Europa não nos chega e nós queremos ter acesso a ela.
Como diz o @Tó Neves, e bem , quem é que nos defende da Europa, senão forem as gentes a defender-se.
Concordo contigo quando dizes que devemos prestar mais atenção ao que fica mais perto de nós e nesse caso não nos devemos coibir de fazer, não um mas diversos manifestos, daquilo que os que se preocuparem com Santar queiram exigir.
As eleições servem exactamente para isso.

Anónimo,  1 de junho de 2009 às 11:57  

NÃO VOTES

A EUROPA SÓ TROUXE GLOBALIZAÇÃO E CRISE DE VALORES PARA O ESPAÇO.
MOSTRA CARTÃO VERMELHO AOS GAJOS QUE SÓ QUEREM VIVER DE TACHOS POLÍTICOS.

Tó Neves,  1 de junho de 2009 às 12:48  

@ Anónimo

A globalização é inevitável, e presumo eu, que hoje em dia necessária, ou acha que as empresas e produtores portugueses poderiam viver apenas com o mercado interno?
Temos sim é que nos adaptar a essa globalização e lutar contra a crise de valores, e um deles é o que você foca - Não votar - Devemos VOTAR, e como já disse anteriormente o melhor cartão vermelho que se pode dar á classe politica é VOTAR EM BRANCO, assim demonstramos o nosso descontentamento com essa classe. O não ir votar apenas auemnta a abstenção, o que é um mau exemplo, com a abstenção podem os politicos, agora se houver um grande numero de eleitores a votar em branco já tem outras consequencias.
VOTEM

Anónimo,  1 de junho de 2009 às 14:04  

Como se pode apelar a não votar,se é uma maneira civilizada de tecer opinião ao que nos parece que esta mal ou bem,votar é um direito e um dever civico.

Titá 2 de junho de 2009 às 22:43  

Apesar de todos os manifestos que se possam fazer, de todas as iniciativas de cidadãos e reconhecendo a pertinência de todas as opiniões aqui expostas, reitero, sublinho que é extremamente importante ir votar.

Como costumo dizer: Não deixes os teus direitos por mãos alheias, marca a diferença e VAI VOTAR!!!!

Tó Neves,  3 de junho de 2009 às 11:02  

Para melhor escolher em quem votar, e verem o vosso perfil quando ás questões europeias, visitem:
http://www.euprofiler.eu/

Não é brincadeira, o sitio é fidedigno.

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