quinta-feira, 4 de junho de 2009

O sábado ...

Passados dias depois da minha falta de tempo ridícula, (pela qual peço, desde já as mais sinceras desculpas) venho hoje expor o que foi e o que ficou daquele que não foi um Sábado comum. Não me predisponho a descrevê-lo, mas a escrevê-lo tal como sensivelmente o experimentei.
A Santa Casa da Misericórdia de Santar homenageou a Sr. Drª Lucília Paiva. Sendo de tão merecido destaque este dia, passado um ano do seu falecimento, permitam-me, a mim, que o escreva.
A vida aparece-me inicialmente como uma grande árvore, de ramos extensos e luzidios … que no seu todo formam aquela grande copa, majestosa e harmoniosa convidando-nos a “entrar” e a escolher um ramo de percurso… nós, obedientemente escolhemos um só, e vamos.
A Dr.ª Lucília Paiva foi, para mim, um exemplo que em pouco tempo conseguiu mostrar tudo. Mostrou-me que o nosso ramo se pode prolongar, tornando-se numa verdadeira Sequóia em tamanho, e assemelhando-se a uma espécie ainda mais bela se assim o desejarmos.
A vida é ascendente. E é nesta ascendência que a revejo, como uma alma leve, de ambições fortes e determinadas, de palavras encorajadoras e, o mais importante, capaz de alcançar metas, de uma persistência inigualável e incapacidade moral de fugir às dificuldades. É assim, o optimismo e a bondade, de valores que realmente se podem erguer aos louros a uma altura merecidamente alcançada.
Mas isto é pouco perante o que ficou, o que fica aos olhos de todos. O Sábado foi um só dia que se destacou entre todos os outros em que fazemos a nossa homenagem individual a uma Senhora Nobre de valores eternos.
As actividades que a Mesa Administrativa elaborou decorreram perfeitamente e destacaram-se pelos elogios dos convidados, sendo marcadas pela seriedade e profissionalismo que caracterizam os funcionários desta Santa Casa.
Como vida ascendente, com valores que já mencionei (e que nunca serão suficientes) parece-me que num gesto igualmente minucioso a Dr.ª Lucília se fez rodear de pessoas capazes de, numa oportunidade, mostrar o seu valor. Pessoalmente, revejo-me numa minha homenagem dupla, pois sinto que a copa da árvore que cobre esta casa está em expansão e se torna cada vez mais sustentável e enaltecida pelos que conhecem e reconhecem o seu trabalho. E a minha homenagem “dupla” dirige-se à Dr.ª Lucília pelo que ficou perpetuado no tempo, pelo que criou, pelo que sonhou, mas também à Dr.ª Infância Pamplona pelo que continuou, pela ambição, pela coragem e pela satisfação com que trabalha pela nobre causa que é acção social. Esta Santa Casa e de certo uma grande parte do povo de Santar se sentem agradecidos pela continuidade, pelos valores que continuam e crescem nesta Casa de todos.
Mas estas minhas palavras, que tendem a construir-se em elogios serão sempre vagas e diminuídas. E a minha posição é de Santarense, que vê a árvore em expansão e que se orgulha deste crescimento, que não é um só ramo mas vários imponentes, deste brotar natural que só alguém de braço forte, de determinação exaltada, de valores supremos e ambições límpidas consegue dirigir.
O meu Obrigado, por tudo!

2 comentários:

Titá 4 de junho de 2009 às 23:08  

Esta é uma homenagem merecidissima, sem dúvida!
Fico feliz por Santar ter sabido reconhecer o valor da Dra. Lucilia.
Deixo também aqui, o meu Bem haja pessoal.
Não posso evitar deixar também um beijo à Rute pela forma doçe e agradecida como soube relatar este momento.

CT,  5 de junho de 2009 às 20:01  

HOMENAGEM A QUEM A MERECE


Tive a honra e oportunidade de privar, não tão de perto quanto desejaria, com a Senhora Drª. Lucília Teixeira de Matos Paiva.

Tive, também, a oportunidade de lhe agradecer pessoalmente, o bem que ela estava a fazer pelos nossos idosos, dando-lhe atenção; a atenção que todos os filhos de bem deveriam prestar aos seus pais ou entes queridos.

A tragédia de há um ano atrás, deixou Santar mergulhado no luto. No luto não de um filho, uma mãe, um pai, um irmão ou um parente.

A tragédia que enlutou Santar quer dizer que se estendeu a todos os Santarenses. Diga-se o que se disser, os Santarenses, sejam eles ricos ou pobres, letrados ou iletrados, piedosos ou indiferentes, sentiram a dor de perder a pessoa que englobava todos os familiares que acima menciono.

Não irei fazer, aqui, neste sítio, o réquiem à morte de tão respeitada Senhora. Esse serviço já foi executado pelas entidades competentes da nossa Paróquia.

Porém, dado tudo quanto acima afirmo, não posso deixar de agradecer aos filhos desta terra, a homenagem que lhe renderam.

A todos que tiverem acção directa ou indírecta nesta homenagem, o Meu muito obridado do fundo do coração. Esta atitude em homenagear tão inditosa Senhora, que ainda tinha tanto para dar, só vem cimentar ainda mais a expressão de orgulho que sinto pelos BASÓFIAS.

Santar é berço de muito boas almas, peço a todos que continuem a embalar o bercinho que nos acolhe e nos trata com tanto carinho.

Um abraço aos meus BASÓFIAS.

CT

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